O Real tem se mantido absoluto durante quase três décadas. Criada em 1994, a moeda corrente oficial do Brasil foi adotada após sucessivas trocas monetárias e segue em uso pelo Governo e população, sem grandes mudanças. De 2020 para cá, porém, termos que mais parecem siglas ou estrangeirismos surgiram no seu caminho. Primeiro foi o Pix e agora vem aí o Drex.
Pix, como se sabe, não chega a ser uma moeda concorrente. Trata-se de um modo de transferência monetária e de pagamento eletrônico instantâneo oferecido pelo Banco Central do Brasil (BC) a pessoas físicas e jurídicas. Funciona 24 horas por dia, de modo ininterrupto e é o mais recente meio de pagamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro. Tudo feito em Real.
O Drex, por sua vez, considerado o novo primo do Pix, está em fase de implementação e pode ser entendido como uma moeda digital brasileira. Por isso mesmo, também pode ser chamada de Real Digital. Na prática, nada mais é do que uma nova forma de apresentar o bom e velho Real, só que 100% disponível em uma plataforma digital, ou seja, a representação digital das notas que já são emitidas pelo BC.
O projeto ainda está em fase de testes e não tem um cronograma oficial de lançamento. Porém, a expectativa do BC é de que a nova moeda seja liberada para o público até o final de 2024.
Até 2030, mais de 20 moedas digitais entrarão em circulação no mundo, prevê o Bank for International Settlements (BIS), considerado o Banco Central dos Bancos Centrais mundiais. O Brasil é um dos primeiros países a tomar a iniciativa em adotar uma delas. Japão, Reino Unido, Estados Unidos e China também começaram seus estudos para implantação.
Hoje, quando você vende um carro usado, precisa ir até um cartório em companhia do comprador para assinar a transferência. E fica uma situação um tanto insegura, pois o pagamento não acontece ao mesmo tempo. É preciso confiar que o comprador fará o pagamento ou, então, ir até uma agência bancária para acompanhar o pagamento, por exemplo. A ideia é que, com o Drex, isso acabe. A transação será automática e simultânea, realizada por meio de um contrato inteligente, atrelado à moeda digital. Mais seguro e com otimização do tempo das pessoas.
Outros serviços, como empréstimos e investimentos também estarão ao alcance dos brasileiros. Assinar um contrato de financiamento imobiliário poderá ser tão fácil quanto fazer um Pix. Até mesmo o pagamento de benefícios sociais do Governo poderá ser feito por Drex.
Porém, a inclusão digital será o maior desafio para o uso do Drex, porque dela depende a inclusão financeira.
De acordo com o Banco Central, o nome da nova moeda digital combina uma série de elementos de inovação. O “D” representa o digital; o “R” representa o Real; o “E” representa a plataforma eletrônica; e o “X”, por sua vez, representa as transações.
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