O que é xenofobia?

O sentimento de ódio contra os estrangeiros indica xenofobia e é um preconceito social que surgiu com o aumento das migrações. Consideramos que qualquer expressão de aversão, ódio ou hostilidade contra pessoas que são estrangeiras significa xenofobia.

As migrações são as grandes “pontes” sociais, visto que proporcionam trocas de culturas, línguas, costumes e tradições entre as pessoas de lugares diferentes. A migração é observada por meio do deslocamento de indivíduos dentro de um espaço geográfico e pode acontecer de maneira temporária ou permanente.

Os fluxos migratórios possuem diversas razões: culturais, econômicas, religiosas, políticas e até mesmos naturais (enchentes, secas e terremotos são exemplos das razões desencadeadas pela natureza).

Tipos de migração

Para entender melhor a xenofobia, é preciso compreender como acontece a migração.

Migrações internacionais

As migrações internacionais são aquelas que acontecem de um país para o outro e costumam ser divididas de duas formas: a imigração e a emigração.

• Imigração: é conhecida pela entrada de indivíduos ou grupos em outro país. O imigrante é observado do ponto de vista do país que o recebeu.  Sendo assim, as pessoas que buscam fixar residência permanente no país adotivo são chamadas de imigrantes.
• Emigração: é conhecida pela saída de indivíduos ou grupos de seu país de origem. A pessoa que mudou de seu país para residir em outro é chamada de emigrante e é vista dessa maneira pelo seu país de origem.

Migrações internas

As migrações internas são aquelas que acontecem dentro do próprio país e possuem várias modalidades ou classificações.

• Êxodo rural ou rural-urbana: transferência da população rural para a cidade.
• Migração urbano-rural: deslocamento das pessoas da cidade para o campo.
• Migração urbano-urbana: a simples transferência das pessoas de uma cidade para outra.
• Migração pendular: ocorre quando os indivíduos saem da sua cidade para trabalhar em outra, mas voltam para a sua cidade no fim do dia.
• Migração sazonal: acontece quando a pessoa sai da sua cidade por razões relacionadas às estações do ano. O exemplo mais citado é o trabalhador que sai do Nordeste no período da seca para buscar serviço em regiões diferentes.

Fenômeno preconceituoso que nasceu com a migração

Sabemos que a palavra xenofobia nasceu da junção de duas palavras gregas: xénos (estranho ou estrangeiro) e phóbos (medo). Logicamente, temos os seguintes significados: “medo do diferente” e “medo do estrangeiro”.

O sentido mais retratado da palavra é a aversão que algumas pessoas sentem de um grupo estrangeiro. Contudo, também está presente nas rivalidades e preconceitos entre pessoas de regiões diferentes do mesmo país.

A repulsa pela pessoa diferente caracteriza a xenofobia e é referente às questões históricas, sociais, econômicas, religiosas e, principalmente, culturais de diversas regiões do mundo.

Esse preconceito é fruto do desconhecimento do outro e é dimensionado pelos estereótipos equivocados que são lançados sobre determinados grupos. Historicamente, a xenofobia sempre esteve diretamente vinculada ao etnocentrismo, hábito de julgar inferior uma cultura diferente da sua que decorre da falsa noção de superioridade da própria cultura.

Podemos afirmar que a xenofobia gera atitudes e comportamentos discriminatórios, violentos e criminosos. As pessoas xenófobas apresentam ações que excluem os indivíduos estrangeiros por causa das diferenças culturais.

Xenofobia pelo mundo

Em diversos locais do planeta, o preconceito causa a marginalização dos grupos estrangeiros e o aumento da violência contra os imigrantes. Há inúmeros casos de xenofobia espalhados mundialmente, mas alguns exemplos são mais frequentes.

Na Europa e nos Estados Unidos, observamos mais preconceito contra as pessoas de origem árabe. Infelizmente, também é comum descobrir casos de xenofobia contra mexicanos e latinos nos Estados Unidos. Os haitianos e os venezuelanos são os imigrantes que mais sofrem preconceito no Brasil.

Aqueles que têm medo dos estrangeiros afirmam que a chegada de imigrantes pode diminuir os empregos para as pessoas que nasceram no país e gerar mais violência. Ocorre que nada justifica o preconceito, o ódio e a discriminação contra as pessoas que buscam acolhimento no seu país.

Não podemos julgar precipitadamente as pessoas que decidem morar em lugares diferentes. Antes de qualquer julgamento, precisamos estudar as causas da migração e compreender as motivações de cada indivíduo.

Por trás de um imigrante, existe a história de uma vida e diversos desafios, que podem demonstrar a fuga de uma guerra, a fuga da violência ou a busca por melhores condições de vida. Quem está fugindo da violência do seu país de origem não merece encontrar ainda mais violência no país que decidiu viver.