O Ressuscitado que traz esperança

O Ressuscitado que traz esperança

 

Por Padre Everson Kloster

É Páscoa do Senhor e essa festa reacende nossa esperança de um mundo melhor, esperança na humanidade que foi e continua a ser redimida por Cristo. O encontro com o Ressuscitado tem o poder de reacender nossas esperanças, como fez com os discípulos de Emaús, episódio narrado no Evangelho de Lucas 24, 13-35. Vamos dar uma olhada rápida.

A narração do Evangelista Lucas mostra que esses dois discípulos pelo caminho estão desiludidos da vida, tristes, desesperançados, sem ânimo e voltando às suas vidas antigas. Sua conversa é interrompida por um “estrangeiro” (Lc 24, 13-16). Caminho, na Bíblia, sempre será um símbolo que indica a existência humana. A vida de todo ser humano é caminho e dinamismo que não para e a Escritura revela constantemente que Deus sai ao encontro do ser humano para acompanhá-lo. Deus não é mero expectador de nossas vidas, e isso atestam as Escrituras.

Os discípulos, diante da sua desesperança, são incapazes de reconhecer Jesus, que agora está ressuscitado. Mas o Senhor não desiste, insiste, recorda a esses discípulos o plano de Deus, lhes explica as Escrituras (25-27) a partir da realidade de suas vidas. Jesus ressuscitado lhes explica o mistério e o sentido de tudo aquilo ter acontecido. De modo que a Escritura, lida e meditada à luz do Senhor ressuscitado, se torna uma fonte de esperança que ilumina a vida.

Jesus se apresenta como amigo e companheiro do caminho. A aparição de Cristo a seus dois discípulos no trajeto rumo a Emaús simboliza a forma como Cristo se encontra conosco, em nossa vida cotidiana. Se estamos no caminho da desesperança, se entramos no caminho da decepção, não podemos nos esquecer que Cristo se aproxima de nós para reacender a esperança e nos recordar que, com Ele, nossa vida pode ganhar um novo sentido. Não somente caminha conosco, mas se revela ao “partir o pão” (Lc 24,30). E esse “partir o pão” traz a seus discípulos a certeza da sua presença de ressuscitado.

“O caminho de Emaús se converte em símbolo de nosso caminho de fé: as Escrituras e a Eucaristia são elementos indispensáveis para o encontro com o Senhor” (Papa Francisco).

Duas coisas, entre tantas, que podemos considerar nessa narração: um dos discípulos não tem nome (Cleofas e o outro? V. 13- 18). Ou seja, o outro discípulos é cada um de nós, com nossas histórias, pessoas que muitas vezes empreendem uma viagem de retorno. Segunda coisa: até hoje não se sabe onde fica geograficamente o povoado de Emaús. E, por consequência, a incerteza sobre o lugar exato de Emaús permite considerar que este lugar representa qualquer caminho e qualquer situação na vida daquele que crê. Como afirmou uma vez o papa Bento, “Emaús pode ser visto como o caminho de todo cristão onde Jesus ressuscitado se converte em companheiro de viagem.

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