O sétimo mandamento proíbe tomar ou reter injustamente o bem do próximo e prejudicá-lo nos seus bens, seja como for. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrenos e do fruto do trabalho dos homens. Exige, em vista do bem comum, o respeito pelo destino universal dos bens e pelo direito à propriedade privada. A vida cristã esforça-se por ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo (Catecismo da Igreja Católica – CIC 2401).
“Não roubarás” é uma frase que se questiona muito hoje, quando parece ser normal a corrupção, o desvio de dinheiro, a extorsão de dinheiro; mas este mandamento exige o bem comum, o respeito aos bens alheios.
O sétimo mandamento proíbe roubar e ensina que cada pessoa deve e precisa trabalhar honestamente e assim suprir o sustento de sua família.
“Não roubarás” destaca o valor primordial e a importância do trabalho. O homem é seu autor e destinatário, por meio do seu trabalho ele participa da obra de criação unido a Cristo. O trabalho pode ser redentor, é a sentinela da virtude.
A Palavra de Deus está repleta de condenações ao roubo. A Bíblia coloca com muita clareza uma posição contrária à corrupção. Opõe-se à injustiça dos mais fracos e contra a exploração do salário dos trabalhadores. São Paulo diz:
“Nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor 6, 10).
Os profetas acusaram os que exploravam os irmãos e todo roubo exige reparação na mesma medida. Lembremos de Zaqueu – que ficou tão constrangido na presença do Filho de Deus porque Jesus sabia que ele era corrupto – que prometeu restituir quatro vezes mais tudo o que tinha roubado. A justiça exige restituição do bem roubado, seja de uma pessoa, de uma instituição ou do Estado.
O Catecismo da Igreja e a própria doutrina social da Igreja diz exatamente isso: a injustiça requer que haja reparação (CIC 2419).
A justiça implica em reparação, a doutrina social da Igreja, no que diz respeito ao “não roubarás” nos coloca diante de vários elementos que ferem a própria dignidade.
Toda a atividade econômica da justiça social leva à responsabilidade do Estado: acesso ao trabalho, ao salário justo.
Tem que haver uma preocupação, acima de tudo com a pessoa humana e com todos os direitos relacionados a ela.
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