Os passos para se tornar uma religiosa: formação, funções e curiosidades

Os passos para se tornar uma religiosa: formação, funções e curiosidades Foto: reprodução JMJ 2023

Elas são frequentemente vistas em diferentes contextos: de escolas a atividades comunitárias, as religiosas têm papéis e serviços muito importantes para a Igreja e para a sociedade. Você sabe como é o processo para se tornar uma delas? Há uma formação espiritual sólida e exigente, além da busca por conhecimento para as funções desempenhadas, como as que trabalham em hospitais e atuam na enfermagem, por exemplo.

Na Igreja, as religiosas trabalham em diversas áreas como educação, saúde e assistência social. As freiras se concentram em uma vida de serviço, oração e apostolado ativo — na catequese, no cuidado aos enfermos ou na animação pastoral.

O primeiro passo para se tornar uma religiosa começa com o “chamado de Deus”: o discernimento e compreensão sobre a sua vocação. Para isso, o indicado é começar a visitar congregações e participar de encontros com uma irmã experiente, que a ajuda a discernir se essa é realmente a sua vocação.

Entenda esses passos!

Formação: do aspirantado aos votos perpétuos

A formação de uma religiosa é um processo cuidadosamente estruturado, dividido em várias etapas que levam anos para serem concluídas:

  • Aspirantado: no primeiro ano, a candidata reside temporariamente na casa de formação, onde se envolve em atividades pastorais e começa a se familiarizar com a vida comunitária.
  • Postulantado: durante o segundo ano, a candidata vive com outras postulantes, aprofunda seus estudos religiosos e dedica-se a trabalhos manuais e práticas de oração.
  • Noviciado: no terceiro e quarto anos, já considerada parte da congregação, passa por um período de recolhimento e oração mais intensos, e em alguns casos, começa a usar o hábito religioso.
  • Juniorato: essa fase, que pode durar quase uma década, é dedicada aos primeiros votos — de pobreza, obediência e castidade. Durante esse período, a religiosa renova seus votos anualmente, até estar pronta para o compromisso definitivo.
  • Votos perpétuos: a etapa final da formação é a realização dos votos perpétuos, quando confirma sua dedicação total à vida religiosa.

Curiosidades: pode dirigir? E o uso do hábito?

Uma das perguntas comuns é se as freiras podem dirigir. A resposta é sim! Apesar do compromisso com a vida religiosa, elas têm muitas responsabilidades práticas e muitas vezes precisam dirigir para cumprir suas funções pastorais.

Quanto ao hábito, ele é mais do que uma vestimenta tradicional, pois representa um compromisso com Cristo e sinaliza a função da religiosa para a comunidade. Embora as cores e estilos possam variar, a simplicidade e a modéstia são sempre preservadas. Porém, nem todas as freiras usam hábito. Isso depende da ordem ou congregação religiosa.

Em algumas ordens, elas vivem em clausura e se dedicam exclusivamente à oração e ao trabalho manual, sem contato direto com o mundo exterior. Essa vida de retiro espiritual é vista como uma forma de intercessão silenciosa por toda a humanidade e muitas vezes são procuradas para pedir que intercedam pelo próximo, mesmo que vivam afastadas.

Existem muitas histórias de freiras que foram pioneiras em diversas áreas. Por exemplo, Santa Teresa de Calcutá, que fundou as Missionárias da Caridade e seu exemplo de dedicação ao serviço pelos mais necessitados.

Leia mais sobre a vida das freiras e seus exemplos:

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