Pier Giorgio Frassati tinha tudo para viver uma vida tranquila e confortável, mas optou por um caminho bem mais aventureiro — e santo. Filho de uma influente família italiana, dividia seu tempo entre escalar montanhas, ajudar os pobres e até liderar uma sociedade de amigos. Na “Sociedade de Tipos Estranhos”, como o grupo era chamado, cada membro recebia apelidos inusitados: e Pier Giorgio ficou conhecido como “Robespierre”. O jovem fascinante será canonizado em 2025, durante o Jubileu da Igreja Católica, ao lado do Beato Carlo Acutis.
Nascido em Turim, em 6 de abril de 1901, Pier Giorgio cresceu em um lar de prestígio, mas desde cedo demonstrou uma paixão incomum pelos mais necessitados. Ainda adolescente, destacava-se por sua dedicação à caridade, visitava doentes e distribuía alimentos aos pobres.
Costumava esquiar e cavalgar e foi apontado pelo Papa Bento XVI como um modelo a ser seguido pelos atletas. Além disso, era apaixonado por alpinismo e pela natureza: encontrava nas montanhas um lugar de reflexão espiritual.
Apesar de toda essa seriedade em sua vida de fé, Pier Giorgio também sabia se divertir. A “Sociedade de Tipos Estranhos” é um exemplo de como ele equilibrava sua espiritualidade com senso de humor para fortalecer os laços de amizade e comunidade. O grupo promovia momentos de descontração em meio à rotina do jovem beato, o que tinha muito a ver com sua personalidade leve e inspiradora.
Pier Giorgio era chamado por São João Paulo II de “homem das Bem-aventuranças” por sua fidelidade ao Evangelho. Ele acreditava que a verdadeira felicidade vinha do serviço ao próximo. Essa dedicação o levou a se engajar em causas sociais. Enfrentava a pobreza e a desigualdade de sua época com coragem e determinação.
Estudante de engenharia, conciliava os estudos com ações concretas de caridade. Mesmo com uma saúde frágil, Pier Giorgio nunca abandonou sua missão de levar conforto e esperança aos mais necessitados. Seu último ato de generosidade foi doar seus remédios a um homem pobre, poucos dias antes de falecer, em 1925, aos 24 anos, vítima de poliomielite.
A decisão de canonizar Pier Giorgio durante o Jubileu de 2025 reforça o apelo universal de sua mensagem. Assim como Carlo Acutis (o “ciberapóstolo da Eucaristia”), ele é um exemplo de santidade acessível, que fala diretamente à juventude. Pier Giorgio mostrou que é possível viver uma vida de fé sem deixar de ser autêntico e alegre, inspirando jovens a trilhar o mesmo caminho.
Sua canonização será um dos momentos mais aguardados do Jubileu, pois celebra uma vida que uniu espiritualidade, humor e ação. Pier Giorgio viveu o Evangelho e o tornou algo vivo e palpável em seu cotidiano. Santidade e humanidade podem caminhar juntas. Por isso, o legado de Pier Giorgio Frassati chama a olhar para além de si mesmo e viver o amor ao próximo de forma concreta. Ser santo não significa ser perfeito, mas viver de forma plena, unindo virtudes, fé e alegria. Sua história lembra que a verdadeira grandeza está em servir – cada gesto, por menor que pareça, pode transformar o mundo.
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