Não é por acaso que o Batismo é o sacramento mais importantes para o católico. Sua realização, afinal, representa um marco na iniciação cristã, a porta de entrada para um caminho firme em Jesus Cristo ao longo da vida e até a morte, e possui um rito específico, com símbolos marcantes.
O mais representativo deles é a água, elemento da natureza sem o qual as pessoas não conseguem sobreviver e que carrega em si um relevante significado. A água que mata a sede, que hidrata e, portanto, permite que haja vida. A água que lava e que purifica. A presença da água, como se pode apreender, não é por acaso.
Nem as plantas nem os animais nem as pessoas podem viver sem água. Mas, não podemos esquecer, que a água também tem potencial para simbolizar o fim. Basta lembrar as enchentes e a devastação que são capazes de provocar. E situações de afogamento, quando ser libertado por alguém, da água, significa nascer de novo.
Em linhas gerais, é pelo duplo significado que se batiza com água, porque o Batismo festeja a morte à vida profana e celebra a vida nova que surge da força de Deus. Mergulhar, afogar-se, morrer e sair com vida nova. De forma abreviada e adaptada para os mais novinhos, derramar água sobre as suas cabeças cumpre papel similar.
Precisamos retomar também a própria origem da palavra para compreender melhor. Batismo tem origem grega e quer dizer imersão. No Antigo Testamento, a lei judaica prevê e inclui em suas prescrições banhos purificadores, a partir do uso da água como elemento central. O batismo de João Batista, registre-se, também apresenta características penitenciais além de purificadoras.
A maior diferença entre o Batismo de João Batista e o de Jesus Cristo, registrado no Novo Testamento, é o acréscimo de significado. A água deixa de ser apenas elemento de purificação e ganha também a conotação de passagem da vida em pecado para uma vida de graça. Ou seja: a água como expressão da salvação e do comprimento das promessas de Deus.
O gesto simbólico de passar pela água vem acompanhado pelas palavras:
“Eu te batizo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28,19).
Este é o Deus vivo e verdadeiro que Jesus Cristo nos revela. Ao sermos batizados, vê-se, recebemos o Espírito Santo. Imergimos na água e emergirmos dela para uma nova vida semelhante à de Jesus. E próxima de Deus, é claro.
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