Por que temos visto tantos desastres naturais e enchentes?

Por que temos visto tantos desastres naturais e enchentes?

Ligar a TV ou o rádio e acompanhar nos noticiários registros sobre enchentes, terremotos, deslizamentos de terra, tempestades e seus estragos para tantas famílias, longas estiagens e o impacto na vida de trabalhadores e consumidores: tudo isso tem se tornado cada vez mais frequente em nosso dia a dia. Mesmo com maior ocorrência, a inquietação é constante e dilaceradora. Quem aí nunca se perguntou sobre por que esses desastres naturais acontecem e por que temos cada vez mais deslizamentos de terra, enchentes e mortes após temporais?

Que reflexões podemos e devemos fazer sobre tudo que está acontecendo? Será que um dia conseguiremos prever e antecipar esses desastres para diminuir estragos, salvar vidas e impedir tanta destruição? Estamos buscando alguma mudança ou apenas contabilizando prejuízos a cada ocorrência?

São tantas perguntas que surgem e pairam sobre nós após esses registros que nos questionam se há e onde estão as respostas para nossas inquietações. A fé e a ciência são caminhos esclarecedores e reconfortantes para tranquilizar e elucidar aqueles que se encontram perdidos, curiosos e preocupados com o que está acontecendo ao nosso redor.

CONFORTO NA PALAVRA

Na palavra de Deus há ensinamentos e conforto para quem a procura a partir do sofrimento. Deus misericordioso traz paz, reflexão e compaixão à dor de cada um de nós. A ciência, também através da palavra  e de pesquisa, busca apresentar respostas à sociedade. Um exemplo disso é a iniciativa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) intitulada Pergunte aos Cientistas. Proposta pela Agência Escola da instituição, o objetivo é aproximar cada vez mais a sociedade dos cientistas e da ciência produzida na Universidade Federal do Paraná. 

Iniciada durante a pandemia da Covid-19, mais de 300 perguntas da população foram respondidas sobre esse tema. Com a queda constante na incidência de novos casos, outras temáticas estão sendo abordadas com a comunidade, permitindo respostas às questões de diferentes esferas. 

Em um conteúdo específico sobre prevenção, gestão de riscos, enchentes, terremotos e queimadas diversas perguntas foram respondidas pelos cientistas Renato Eugenio de Lima, diretor do Centro de Apoio Científico em Desastres (Cenacid UFPR) e professor do Departamento de Geologia da UFPR; e Paulo De Tarso De Lara Pires, pós-doutor em Direito Ambiental e Desastres Naturais na Universidade de Berkeley e professor do Departamento de Economia Rural da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

DÚVIDA RESPONDIDA E COMPARTILHADA

Entre as perguntas respondidas pelos cientistas da Instituição está a de Rafaella Ferraro, 22 anos, que mora em Curitiba. A jovem aproveitou a oportunidade para descobrir se “é verdade que muitas catástrofes poderiam ser evitadas se não houvesse tanta concentração populacional em certos lugares?”

De acordo com Paulo De Tarso De Lara Pires, a resposta para a questão de Rafaella é sim. Segundo o cientista, o aumento da densidade populacional nos centros urbanos pode levar ao aumento do risco de desastres naturais, especialmente quando a urbanização é rápida, mal planejada e, principalmente, quando ocorre em um contexto de desigualdade social. O crescimento populacional desordenado, em espaços urbanos mal planejados, num contexto de desigualdade social e econômica, cria um cenário propício para a severa mortalidade ocasionada por eventos naturais catastróficos. 

Chamando a atenção para o nosso país, a Mônica Schreiber, de 25 anos, colocou a frequência desses registros em questão, ao perguntar “por que ultimamente tem acontecido tantas enchentes no Brasil?” 

Conforme o cientista Renato Eugenio de Lima, existem três razões principais e a primeira delas é a super ocupação dos terrenos. Já que estamos impermeabilizando os terrenos com telhados, asfaltos e calçadas, a água que não vai para lençol subterrâneo vai para o rio. A consequência são mais inundações. A segunda razão são as interferências feitas nos canais dos rios, como as canalizações, que causam desequilíbrio no sistema do rio, gerando enchentes e inundações mais frequentes. O terceiro motivo são os extremos do clima. Quando temos hoje uma chuva forte, ela é maior que uma chuva forte no passado. Por fim, o cientista enfatiza que existe uma razão acessória: nossa percepção de mais inundações pode vir da comunicação, já que hoje ela é mais rápida, intensa e frequente. 

Edward Massayuki Uyetaqui, 52 anos, fugiu um pouco dos desastres brasileiros e indagou sobre os terremotos. Ele aproveitou a oportunidade para questionar sobre “o quão distante estamos de podermos prevê-los?”

A pergunta audaciosa foi respondida pelo Renato Eugenio de Lima que afirmou compreender que ninguém tem condições de responder completamente neste momento, mas ressaltou que importantes avanços têm sido registrados em relação a conhecer a frequência com que ocorrem grandes terremotos.  O cientista também frisou que há progressos na redução de danos, inclusive com capacidade de edificar construções sismo-resistentes (resistentes a terremotos) e sistemas globais de alertas de maremotos (ondas gigantes devastadoras), muitas vezes causados por terremotos no fundo oceânico. Também é possível antecipar quais áreas estão mais sujeitas a atividade sísmica, ou seja, pode-se prever quais áreas serão mais provavelmente afetadas por terremotos. 

Ficou curioso para saber mais respostas da ciência sobre isso? Então confira no site da UFPR o conteúdo completo com todos os detalhes sobre esse tema provocativo e inquietante.

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