Uma leitora do portal IDe+ enviou uma dúvida comum entre pais e familiares que se preparam para o Batismo: “se um dos padrinhos não for católico, a criança pode ser batizada?”. Entenda por que os padrinhos oficiais precisam ser católicos, mas é possível ser “testemunha do Batismo”.
O Batismo é o primeiro passo na vida cristã e marca o início da caminhada de fé de uma criança. Por isso, a Igreja Católica orienta com clareza sobre as condições necessárias para a celebração do Sacramento e a escolha dos padrinhos.
O Catecismo da Igreja Católica ensina que o Batismo é “a base de toda a vida cristã, a porta que dá acesso à vida no Espírito” (CIC 1213). Também afirma que os padrinhos devem ser “firmes crentes, capazes e prontos a ajudar o recém-batizado no caminho da vida cristã” (CIC 1255).
O Código de Direito Canônico detalha as exigências para o Sacramento: é necessário que ao menos um dos pais consinta com o Batismo e que haja “fundada esperança de que a criança será educada na religião católica” (Cân. 868, §1º, n.º 2).
De acordo com os cânones 872 a 874 do Código de Direito Canônico, pode ser madrinha ou padrinho quem:
Além disso, o padrinho não pode ser o pai nem a mãe da criança e deve estar em comunhão com a Igreja. Se for casado, precisa ter recebido o Sacramento do Matrimônio.
O Código de Direito Canônico explica que “uma pessoa batizada pertencente a uma comunidade eclesial não católica não deve ser admitida como padrinho, a não ser juntamente a um padrinho católico e apenas como testemunha do Batismo” (Cân. 874, §2).
Isso significa que, se apenas um dos padrinhos for católico e preencher todos os requisitos, o Sacramento pode ser celebrado sem impedimento. O outro, se for cristão de outra denominação, poderá participar da cerimônia apenas como testemunha, e não como padrinho formal.
É importante observar que todos esses detalhes devem ser conversados com o Sacerdote da Paróquia, que tem autonomia para oferecer os devidos direcionamentos às famílias, de acordo com cada situação.
Como explica Padre Rafhael Silva Maciel, presbítero da Arquidiocese de Fortaleza, “os padrinhos são chamados a auxiliar os pais na educação da fé e, por isso, devem ter boa formação e viver de acordo com os ensinamentos da Igreja”.
Ele ressalta que “o Batismo é um compromisso com Deus e com a comunidade. Por isso, é importante escolher padrinhos que possam caminhar junto da criança na fé, dando testemunho de vida cristã”.
Acima de tudo, o Batismo é um ato de amor e compromisso com Deus e com a vida cristã da criança.
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