Papa Francisco foi internado no Hospital Policlínico Gemelli em 14 de fevereiro para tratar uma bronquite. Durante sua internação, tem enfrentado complicações, que incluem pneumonia bilateral e uma pequena insuficiência renal. Mais de duas semanas depois, as notícias de sua recuperação são atualizadas dia a dia.
A internação de um Pontífice levanta uma questão importante: quem administra a Santa Sé quando o papa está impossibilitado de exercer suas funções?
O Vaticano segue funcionando normalmente. Mesmo hospitalizado, Papa Francisco continua supervisionando as decisões da Igreja. Ele se reuniu com seus secretários no Hospital Gemelli e tem recebido atualizações sobre os assuntos da Santa Sé.
Além disso, grande parte da administração da Santa Sé permanece ativa. Ainda que o ritmo de trabalho do Papa esteja reduzido, ele segue exercendo seu papel de líder da Igreja Católica.
O Direito Canônico não prevê um substituto oficial para o Papa em caso de incapacidade temporária. No entanto, há registros históricos de papas que consideraram essa possibilidade. Em 1965, Papa São Paulo VI escreveu uma carta ao Colégio dos Cardeais declarando que, caso ficasse incapacitado, sua renúncia deveria ser considerada válida.
Em sua biografia publicada em 2023, Papa Francisco declarou que vê o papado como uma missão para a vida toda e que apenas uma deficiência grave poderia levá-lo a renunciar.
Quando Papa João Paulo II faleceu em 2005, a administração da Santa Sé entrou em um período chamado “interregno”, que dura até a eleição de um novo Pontífice. Durante esse tempo, a Igreja é administrada pelo camerlengo, responsável por confirmar a morte do Papa e organizar o conclave para eleger seu sucessor.
Além do camerlengo, outros cargos seguem ativos, como o chefe da Penitenciária Apostólica, responsável pelo perdão dos pecados, e o esmoleiro papal, encarregado da caridade do Vaticano.
Papa Francisco decretou que o esmoleiro deve permanecer no cargo mesmo durante o período de transição, devido à importância da assistência aos mais pobres.
Apesar das especulações, especialistas afirmam que a Cúria Romana continua a funcionar normalmente. Enquanto se recupera, o Papa segue acompanhando as decisões da Santa Sé. O Vaticano, por sua vez, mantém sua rotina administrativa e pastoral, que garantem que a Igreja continue atuante em todo o mundo.
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