A autorização voluntária da doação de órgãos é um ato de amor. É o olhar ao outro, sair de si e colocar em prática o mandamento de Jesus de “amar ao próximo como a si mesmo” (São Mateus 22,39). No Brasil, as regras para declarar o desejo de doar foram facilitadas — e você vai entender neste texto o passo a passo.
Antes disso, porém, você sabe o que a Igreja expõe sobre a doação de órgãos? A questão levanta dúvidas de parte dos fiéis: se, por ventura, contrariaria o entendimento e a fé sobre a ressurreição final (Rm 4,17). Como mostra o Catecismo da Igreja Católica (n. 2301), “a doação gratuita de órgãos após a morte é legítima e pode ser meritória”.
“A doação de órgãos é uma decisão livre de oferecer, sem recompensa, uma parte do próprio corpo em benefício da saúde e do bem-estar de outra pessoa”, declarou Papa João Paulo II em agosto de agosto de 2000.
Em alguns casos, como sobre doação de rim e de fígado, essa doação também pode ser feita em vida.
Devido a uma iniciativa conjunta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Cartório Notarial do Brasil e Ministério da Saúde, fazer a declaração como doador de órgãos no país se tornou mais fácil e acessível. Com a implementação da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, Tecidos e Partes do Corpo Humano (Aedo), os cidadãos podem agora formalizar a intenção de doar de forma simples e segura pelo site aedo.org.br ou o por meio do aplicativo oficial.
O novo sistema simplificado deve aumentar o número de doadores e agilizar o processo de transplantes para salvar mais vidas. Entenda o passo a passo!
Para iniciar o processo de declaração como doador de órgãos, acesse o site oficial da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, Tecidos e Partes do Corpo Humano (Aedo) pelo endereço www.aedo.org.br. Você também pode utilizar o aplicativo disponível para download (consulte sua loja de aplicativos, é grátis).
No site ou aplicativo, preencha o formulário de manifestação de vontade indicando sua decisão de ser um doador de órgãos. Certifique-se de fornecer todas as informações solicitadas com precisão e clareza.
Após preencher o formulário, o cartório de notas selecionado entrará em contato para agendar uma videoconferência. Durante essa vchamada, você será identificado e terá a oportunidade de expressar sua vontade de ser um doador de órgãos.
Após a videoconferência, você e o tabelião irão assinar digitalmente a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos. Esse documento ficará disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes.
Embora você tenha formalizado sua vontade de ser um doador de órgãos através da Aedo, é essencial conversar com sua família sobre sua decisão. Eles precisam estar cientes e concordar com sua escolha para que, no momento do óbito, a doação possa ser efetivada.
Divulgue essa iniciativa para seus amigos, familiares e comunidade. Ajude a disseminar a importância da doação de órgãos e como o novo processo simplificado pode salvar vidas. Lembre-se que cada doador pode fazer a diferença na vida de alguém que aguarda por um transplante.
Com esses passos simples, você pode manifestar sua intenção de ser um doador de órgãos e contribuir para salvar vidas e espalhar o amor fraterno e cristão pelo mundo.
Segundo dados da CNJ, mais de 42 mil pessoas aguardam na fila por um transplante de órgãos no Brasil e 500 delas são crianças. Somente no ano passado, três mil pessoas faleceram pela falta de doação de um órgão.
Pelo sistema, o cidadão poderá escolher qual órgão deseja doar – medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos. A maioria das pessoas na fila única nacional de transplantes aguarda a doação de um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas.
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