Cristão ou não cristão, você já deve ter ouvido falar – ou provavelmente já falou – o nome de um santo em alguma conversa com uma prece específica e urgente. Isso acontece porque, muitos dos santos católicos são conhecidos, justamente, por atender uma determinada natureza de causas e pedidos.
Quem nunca falou ou não se lembra de ouvir a mãe, o pai, uma tia ou os avós pedindo ao São Pedro uma chuvinha depois de dias de estiagem; não fez simpatia para Santa Clara limpar o céu e parar com a chuvarada depois de semana a fio; não viu uma amiga, prima ou colega rezar para o famoso Santo Antônio para que, com sua fama de casamenteiro, pudesse ajudar em um relacionamento; ou ainda não implorou ao Santo Expedito por uma causa que parecia impossível?
Essa infinidade de santos que varia de nome conforme o pedido necessário é muito maior do que supõe nosso popular conhecimento sobre os santos católicos. Em toda sua história, a Igreja reconheceu oficialmente, através da canonização, milhares de santos e beatos católicos.
Ao longo dos séculos, esse processo foi se transformando: de início, o título era dado gratuitamente a todos que eram conhecidos publicamente por sua santidade. Posteriormente, por volta da década de 1580, a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano foi oficialmente criada para ajudar a regulamentar a concessão desse título, tornando o processo de canonização formal mais seletivo.
Considerando o tempo necessário para analisar os vários séculos da história para construir uma lista de santos oficialmente canonizados, é bastante difícil chegar a um número preciso.
Alguns especialistas apontam que há entre mil e 8 mil santos reconhecidos oficialmente pela Igreja, salientando que o grande número de pessoas canonizadas nas últimas décadas pode não estar incluído nessa estimativa. Outros estudiosos apontam que, entre santos e beatos, a Igreja Católica possui mais de 20 mil nomes.
Se você fosse pensar em um nome de santo muito conhecido popularmente, mas que, para a Igreja Católica, não seria um santo oficial, qual seria seu palpite?
Muita gente aposta nele, o famoso santo dos 3 pulinhos. Mas, ao contrário de muitas suposições, ele é um santo oficial da Igreja Católica sim. São Longuinho, como é conhecido, foi canonizado em 999 pelo Papa Silvestre II. Popularmente, ficou conhecido por ser o santo que acha objetos perdidos porque, durante seu processo para ser reconhecido como santo, toda documentação da certificação foi perdida. Então, o próprio Papa Silvestri II começou a rogar sua ajuda e teve sua resposta ao encontrar o material perdido.
A imagem que ilustra essa matéria é, inclusive, uma estátua de São Longuinho, exposta em uma Igreja na Itália.
Aqui no Brasil, existe uma simpatia muito forte ligada a ele: quando algo é perdido, a simpatia orienta a dizer “São Longuinho, São Longuinho, se me ajudar a achar (diz nome do objeto perdido) dou três pulinhos”. Assim, após o objeto ser encontrado, a promessa deve ser paga, com três pulos de agradecimento.
Outro santo muito citado popularmente é São Nunca. Normalmente, ele é evocado em afirmações satíricas que se referem a algo que não tem previsão, que é improvável ou que não irá ocorrer.
Neste caso, trata-se, sim, de um santo fictício usado na expressão ‘no dia de São Nunca’. Por se tratar de uma brincadeira popular, não há uma data para São Nunca. No entanto, muitas pessoas, até hoje, lutam por definir uma data para a celebração desse santo fictício. Uma teoria que embasou – e embasa até hoje para algumas pessoas – essa visão, é de que a data seria 30 de fevereiro, um dia incomum e inexistente no calendário atual, mas, que, por três vezes na história, houve períodos onde a data existiu, fundamentando assim, uma data para o dia que nunca vai chegar.
E você, qual santo te desperta dúvidas se existe ou não? Conta pra gente!
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