A história dos Reis Magos é uma das mais fascinantes tradições relacionadas ao Natal. Carrega um ar de mistério e magia para a celebração cristã. Segundo o Evangelho de São Mateus, eles foram sábios do Oriente que seguiram uma estrela até Belém para adorar o Menino Jesus e oferecer presentes simbólicos: ouro, incenso e mirra. Mas quem eram realmente esses magos e quais curiosidades cercam sua história?
Como conta o professor de Filosofia Sergio Resende no especial “Um Natal em Família”, da Lumine, “a Tradição viu nesses Três Reis Magos a descendência dos três filhos de Noé. Noé teve três filhos e, desses três filhos, vieram todas as nações”.
Existia então o entendimento de que esses três sábios pagãos tinham a noção de que, em algum momento, aquela sabedoria superior, divina, viria até à humanidade para operar a sua redenção.
Embora a Bíblia não mencione quantos magos eram ou seus nomes, a Tradição cristã mais conhecida atribui a eles os nomes Gaspar, Melquior e Baltazar. Representando as diferentes idades e regiões do mundo, eles simbolizam a universalidade do chamado de Cristo. Gaspar seria um jovem asiático, Baltazar um rei africano de meia-idade, e Melquior um ancião europeu.
O termo “mago” não está relacionado à magia como a entendemos hoje, mas sim à sabedoria. Eles seriam astrólogos ou estudiosos da época, possivelmente sacerdotes zoroastrianos, que interpretavam os céus para prever eventos significativos.
De acordo com o post da Minha Biblioteca Católica, essa ideia também está conectada a uma profecia pagã mencionada em Números 24,17, que fala sobre um “astro procedente de Jacó”. Além disso, o Papa Bento XVI explica que os Reis Magos representam como as diversas formas de vida humana encontram significado na comunhão com Jesus, simbolizando juventude, idade adulta e velhice, reforçando a universalidade do cristianismo.
Os presentes dos Reis Magos carregam profundos significados espirituais:
Segundo Minha Biblioteca Católica, além desses simbolismos, o Papa Bento XVI destaca que os presentes reforçam a natureza dupla de Cristo: o ouro para a realeza, o incenso para a divindade e a mirra para a humanidade.
Há ainda mais simbolismos envolvidos. Ainda como apresenta o filósofo Sergio Resende, há teorias que falam sobre o camelo, animal no qual os magos estavam montados para ir ao encontro de Jesus, como representação da humildade: a transposição dos valores – a soberba dava lugar à humildade representada pelo Cristo. “A sabedoria divina rejeita o coração soberbo”, defende o filósofo e professor.
A “estrela” que guiou os magos é alvo de inúmeras teorias. Alguns cientistas acreditam que poderia ter sido uma conjunção planetária rara, um cometa ou até mesmo um fenômeno sobrenatural único.
A estrela que conduziu os Reis Magos até Belém se movia de forma diferente – e não como o comportamento de um firmamento, como explica o professor Sergio. “Era uma estrela como sinal de graça, então não era comum. Como diz Santo Antônio, foi tirada exclusivamente da matéria-prima justamente para aquela ocasião”.
De acordo com matéria do site O Globo, o costume de fazer o Bolo de Reis surgiu no século XVII, na França, no reinado de Luís XIV, baseado em festejos romanos mais antigos. A receita chegou a Portugal no século XIX, de onde veio a tradição para o Brasil.
Originalmente, era um brioche com ingredientes e elementos que representavam os presentes levados pelos Reis Magos ao menino Jesus: formato de coroa e tom dourado para simbolizar o ouro; aroma que remete ao incenso; e as frutas, a mirra. Com o tempo, o brioche ganhou novas versões e hoje podemos nos deliciar também com Bolo ou Rosca de Reis.
Para celebrar os Reis Magos, que tal preparar uma receita que simbolize seus presentes?
Massa
Cobertura
Fonte: site Tudo Gostoso
Essa é uma receita clássica, com os sabores típicos do Bolo de Reis. Mas você pode adaptar para deixar do jeito que gosta mais.
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