Soltar balão é tradição? A prática é arriscada e criminosa

Soltar balão é tradição? A prática é arriscada e criminosa

Milho, pamonha, quadrilha, bolo de Santo Antônio… São muitos os motivos que fazem o período junino ser uma festa bonita e cheia de cultura. No entanto, há também velhos hábitos que teimam em tirar o brilho dessa tradição. Uma prática que persiste apesar dos perigos é soltar balões. Usar na decoração não é problema, mas a soltura de balões infláveis é um grave risco à segurança pública e ao meio ambiente.

A tradição que deveria trazer só alegria pode se transformar em tragédia. Os balões, uma vez soltos, tornam-se imprevisíveis e podem causar incêndios ao cair em áreas urbanas, florestas ou instalações. Além disso, podem comprometer seriamente a segurança aérea e colocar em risco a vida de milhares de passageiros diariamente.

Dados recentes mostram o aumento de incidentes que envolvem balões em aeroportos brasileiros. De janeiro a junho de 2023, foram registrados 569, o maior número para o período desde 2019. O Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, relatou um incidente grave em maio, quando um balão ainda aceso caiu sobre uma aeronave durante o abastecimento. As chamas foram rapidamente controladas, mas o risco de uma catástrofe foi alto.

O que muita gente ainda ignora é que a prática de soltar balões é considerada crime ambiental no Brasil, conforme a Lei nº 9.605/98. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios é proibido, e a pena pode variar de um a três anos de prisão, além de multa. O artigo 261 do Código Penal também prevê pena de dois a cinco anos para quem expõe embarcações ou aeronaves a perigo.

Incêndio e explosões

Além dos riscos de incêndios, balões juninos carregam frequentemente cangalhas de fogos de artifício, o que aumenta o potencial destrutivo. Esses balões podem provocar explosões perto de residências, florestas e áreas industriais. O impacto ambiental é significativo, pois incêndios causados por balões destroem a fauna e a flora, o que ameaça ecossistemas inteiros.

As autoridades têm intensificado os esforços para combater essa prática. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, por exemplo, tem realizado ações para apreender e evitar a soltura de balões. A população também é incentivada a denunciar casos.

Um incidente em Arujá, na Grande São Paulo, exemplifica bem o perigo. Um balão em chamas caiu sobre um condomínio residencial e assustou moradores que registraram o momento. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. A situação mobilizou a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Guarda Civil Metropolitana.

A concessionária de energia do Rio de Janeiro relatou que, em 2023, a queda de balões resultou em quase 50 horas de interrupção de energia, mais que o número de balões na rede elétrica de 2022 inteiro apenas nos primeiros cinco meses do ano. O impacto na infraestrutura de serviços essenciais é considerável, pois compromete o fornecimento de energia e a segurança pública.

Neste São João, prepare a roupa caipira, capriche nos quitutes, dance quadrilha e brinque sem arriscar a sua vida e do próximo. Balão? Só se for na decoração!

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Outros cuidados nas festas juninas

Mais uma tradição que anima os festejos, fogos de artifício precisam ser manuseados com cuidado.

Veja a seguir:

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