Você sabe a diferença entre ladainha e novena?

Você sabe a diferença entre ladainha e novena? Foto: Felipe Gusso

A oração é o alimento da alma e tem diversas formas. Entre elas, a ladainha e a novena: distintas na estrutura e na intenção, mas sempre expressões de confiança filial e perseverança diante de Deus. Ambas fortalecem a piedade popular e mantêm viva a comunhão dos Santos na vida cotidiana dos fiéis.

Muitas vezes nos deparamos com expressões como “rezar uma ladainha” ou “fazer uma novena”. Ambas são práticas da Igreja, mas cada uma possui características, objetivos e formas distintas. Entenda qual a diferença entre elas!

O que é uma novena?

A novena é uma prática tradicional da piedade católica que consiste em rezar, durante nove dias consecutivos ou não, com uma intenção especial. O nome vem do latim novem — “nove” — e tem forte simbolismo bíblico. Por exemplo, recorda os nove dias de oração que os discípulos de Jesus, com Maria, viveram entre a Ascensão e Pentecostes (At 1,12-14).

As novenas podem ter várias finalidades: preparar para uma grande festa litúrgica, pedir uma graça especial ou interceder por uma pessoa querida, como acontece nas novenas mortuárias.

Hoje, uma das mais conhecidas é a Novena de Natal, que prepara os fiéis espiritualmente para o nascimento de Cristo. Contudo, também existem as novenas dedicadas aos Santos, como Santa Teresinha ou Nossa Senhora das Graças.

A novena é uma devoção plenamente aceita e recomendada pela Igreja como forma de perseverança na oração, confiança na intercessão divina e fortalecimento da fé.

Segundo o Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia (n. 257), a novena é um exercício espiritual que permite aos fiéis crescerem na esperança e na caridade. Algumas são inclusive indulgenciadas, ou seja, podem obter indulgências conforme o ensinamento e a autorização da Igreja.

O que é uma ladainha?

A ladainha é uma oração invocatória e repetitiva, na qual quem conduz — geralmente o Sacerdote ou um leigo — proclama uma série de invocações a Deus, à Virgem Maria ou aos Santos, e a assembleia responde, habitualmente com a súplica: “rogai por nós” ou “tende piedade de nós”.

A ladainha mais conhecida e recitada é a Ladainha Lauretana, também chamada de Ladainha de Nossa Senhora, composta por uma sequência de títulos marianos, como “Espelho de Justiça”, “Torre de Davi” e “Estrela da Manhã”.

Diferente da novena, é recitada toda de uma vez só. É típica de procissões, consagrações e celebrações marianas ou de Santos, especialmente após o Santo Terço.

Segundo o Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia (n. 203-204), a ladainha é considerada uma das mais antigas e nobres expressões de oração cristã, que favorece a meditação sobre os atributos de Deus e de seus santos.

Além da Lauretana, destacam-se ainda a Ladainha de Todos os Santos, frequentemente usada na Vigília Pascal e nas ordenações sacerdotais, e a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus.

O que têm em comum?

Ambas expressam a riqueza da espiritualidade católica e reforçam a necessidade da oração perseverante (cf. Lc 18,1). São caminhos pelos quais os fiéis aprofundam a fé, buscam a intercessão dos Santos e se unem à Igreja em oração.

“A oração da súplica é uma expressão primária da relação do homem com Deus” (Catecismo da Igreja Católica — CIC — 2629). Seja na forma de uma ladainha, seja no percurso orante de uma novena, o essencial é o coração confiante e aberto à ação de Deus.

Você já participou de uma novena ou rezou uma ladainha? Conte e compartilhe essa matéria para que mais pessoas conheçam!

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