As flores podem deixar tudo ao redor mais bonito e alegre. Com isso, muita gente concorda. O que nem todo mundo sabe é que elas têm um papel simbólico e muito importante na decoração das igrejas, assim como quando a recomendação é não usá-las.
Símbolos de beleza da criação divina e da alegria nas celebrações litúrgicas, a Instrução Geral do Missal Romano (IGMR) – 3ª edição típica – orienta que as flores ornamentem o altar para refletir a dignidade do espaço sagrado. No entanto, durante a Quaresma, a ornamentação com flores é suspensa, exceto em dias de grande solenidade, como o Domingo Laetare.
As flores representam a oferta da natureza a Deus e o compromisso da comunidade em tornar a celebração mais viva. O IGMR destaca que a escolha das flores deve ser feita com discernimento, é preciso evitar excessos e respeitar as normas litúrgicas. A ornamentação deve expressar a dignidade do culto, especialmente nas celebrações eucarísticas, sem ofuscar a centralidade do altar.
Durante a Quaresma, a Igreja orienta que as flores sejam retiradas como um sinal de penitência e austeridade. Isso ressalta o caráter de reflexão e sacrifício do período. No entanto, existem exceções, como no quarto domingo da Quaresma, conhecido como Domingo Laetare, quando é permitida uma modesta decoração floral para marcar a alegria do caminho para a Páscoa.
Veja a recomendação:
305. Haja moderação na ornamentação do altar.
No tempo do Advento ornamente-se o altar com flores com a moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor. No tempo da Quaresma não é permitido adornar o altar com flores.
Exceptuam-se, porém, o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas.
A ornamentação com flores deve ser sempre sóbria e, em vez de as pôr sobre a mesa do altar, disponham-se junto dele.
A tradição de usar flores nas igrejas é antiga e enraizada, pois expressam também a diversidade e a riqueza da criação de Deus, assim como a alegria e a vida nova que brotam da ressurreição de Cristo.
Festividades como o “Flores de Mayo”, nas Filipinas, por exemplo, têm a oferta de flores a Virgem Maria com símbolo de devoção e gratidão em uma manifestação cultural e religiosa. O uso de flores é uma expressão de fé, uma forma de honrar a Mãe de Deus e agradecer por sua intercessão.
Por outro lado, a ausência de flores na Quaresma convida a um tempo de simplicidade e introspecção, como uma preparação espiritual para a Páscoa. A recomendação é usar as flores com sabedoria e equilíbrio entre momentos de alegria e festa e períodos de reflexão e penitência.
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