Você também subiria numa árvore para ver Jesus? O que a história de Zaqueu revela sobre nós

Você também subiria numa árvore para ver Jesus? O que a história de Zaqueu revela sobre nós

Quem não conhece a passagem bíblica que narra a insistência de Zaqueu para ver Jesus? Pode ser considerada uma das mais desafiadoras — não porque seja difícil de entender, mas porque exige que cada um olhe para si com honestidade. Em apenas dez versículos, o capítulo 19 do Evangelho de Lucas mostra uma narrativa que leva da curiosidade até a salvação.

Cristo estava atravessando Jericó e, mais à frente, subindo para Jerusalém. A viagem tinha um destino claro: o julgamento, a cruz, a entrega total por amor à humanidade. Já sabia que estava indo ao encontro da sua paixão e morte. Mesmo assim, Ele para. Ele olha. Ele chama. No caminho para a cruz, Jesus encontra um homem que, para muitos, não merecia esse encontro.

Zaqueu era chefe dos cobradores de impostos — uma posição malvista entre os judeus, pois eram considerados traidores do povo, já que trabalhavam para o Império Romano e muitas vezes enriqueciam às custas da exploração.

Curiosamente, o nome Zaqueu vem do hebraico “Zakchaios”, que significa justo, puro e pode ser considerado como prenúncio de missão. Apesar do nome, não era considerado justo. Ele era o “chefe dos pecadores”. E mesmo assim, ou talvez por isso, queria ver Jesus.

O homem não conseguia enxergar o Filho de Deus por causa da multidão. Era pequeno e havia muitas pessoas. A cena é simbólica: quantas vezes também nós deixamos de ver o Messias porque estamos perdidos no meio da multidão, distraídos, dispersos, cercados por vozes e ruídos que nos impedem de perceber a presença do Salvador?

Porém, o chefe dos cobradores de impostos ensina algo precioso: ele não desistiu. Correu adiante, subiu numa árvore — um sicômoro — e fez o impossível para ver Cristo passar. E então, a surpresa: Jesus para, olha para cima e chama Zaqueu pelo nome. Eles nunca tinham se encontrado antes. Mesmo assim, o Filho de Deus já o conhecia. O Senhor conhece cada um de nós pelo nome e nos vê onde estamos, mesmo quando nos escondemos por vergonha, medo ou por causa dos nossos pecados.

Árvore de Zaqueu em Jericó: local onde o cobrador de impostos encontrou Jesus.

O Filho de Deus diz (São Lucas 19,1-10): “Zaqueu, desce depressa! Hoje devo ficar na tua casa”. Que choque para aquele homem e que alegria! A casa poderia estar desarrumada — como muitas vezes está o nosso coração. Contudo, o Messias deveria ficar ali, não depois de arrumar tudo, não quando fosse mais digno, mas daquele jeito, naquele momento.

Zaqueu desce. Recebe Jesus com alegria. Naquele encontro, tudo muda. O homem que antes enriquecia às custas dos outros agora decide doar metade dos seus bens aos pobres e restituir em dobro tudo o que roubou. A transformação é imediata e radical.

O Senhor declara: “Hoje a salvação entrou nesta casa”. Porque o Filho do Homem veio “procurar e salvar o que estava perdido”.

Somos como Zaqueu?

Este Evangelho nos provoca. Somos filhos de Deus, muitos são batizados, chamados à santidade. Será que temos vivido de forma coerente com o nome que carregamos? É importante refletir se buscamos Jesus com toda a nossa força ou nos contentamos em olhar de longe, na multidão.

Zaqueu tem uma história que é um exemplo de não desistir, que se deve subir na árvore se for preciso, fazer o improvável para ver Cristo. E mais: deixá-lo entrar em nossa casa, mesmo que ela esteja bagunçada. A salvação não é para quem já está pronto, mas para quem está disposto.

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