Ter uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e que caiba no bolso é um desafio para muitas famílias brasileiras. No início de março, o governo federal lançou um decreto que regulamenta uma nova composição para a cesta básica, com o objetivo de promover uma alimentação mais saudável. A medida busca orientar políticas públicas que garantam o direito à alimentação e contribuam para a redução de doenças, melhoria da qualidade de vida e proteção do meio ambiente.
De acordo com o decreto n.º 11.936/2024, que já foi assinado e publicado no Diário Oficial, a nova cesta básica incluirá alimentos in natura ou minimamente processados. Com isso, será mais possível evitar a ingestão de alimentos ultraprocessados, que têm sido associados a uma série de doenças, como cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão e diversos tipos de câncer, como apontam evidências científicas.
A mudança na composição da cesta básica atende a uma preocupação com a segurança alimentar e a saúde da população. Composta por alimentos de dez grupos diferentes, a nova cesta básica prioriza itens como feijões (leguminosas), cereais, raízes e tubérculos, legumes e verduras, frutas, castanhas e nozes (oleaginosas), carnes e ovos, leites e queijos, açúcares, sal, óleo e gordura, além do grupo de café, chá, mate e especiarias.
Para determinar os itens da nova cesta básica, segundo as informações divulgadas pelo governo, foram considerados critérios como benefícios à saúde, sustentabilidade, respeito à sazonalidade, à cultura e às tradições locais, além da produção de alimentos orgânicos e agroecológicos da agricultura familiar e da sociobiodiversidade.
O Ministério do Desenvolvimento Social será responsável por publicar guias orientadores e manuais informativos para explicar a composição da cesta básica em relação à quantidade e à combinação de alimentos, de acordo com o que determina a legislação. A adaptação também levará em conta a cultura alimentar, acessibilidade física e financeira, e práticas produtivas adequadas e sustentáveis.
Essa mudança segue as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira e o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de Dois Anos , além das políticas nacionais de alimentação e nutrição e de segurança alimentar e nutricional.
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