O que significa ser um missionário digital e qual a responsabilidade nesse contexto? Em meio a tanta informação e desinformação, Papa Leão XIV fez um forte apelo aos influenciadores católicos: que sejam construtores de paz, cultivem o humanismo cristão e formem redes de amor.
A mensagem foi transmitida no encerramento do Jubileu dos Missionários Digitais, em 29 de julho, na Basílica de São Pedro, e emocionou os milhares de participantes vindos de diferentes partes do mundo.
Durante a celebração, o Cardeal Luis Antonio Tagle presidiu a Santa Missa e destacou que Deus é o verdadeiro influenciador: “O amor não pode ser gerado por um algoritmo. Assim como fomos influenciados pelo amor de Deus, assim devemos influenciar os outros com esse amor”.
Ao se dirigir aos presentes, o Papa iniciou com as palavras do próprio Cristo: “A paz esteja convosco”. E continuou:
“Quanto precisamos de paz neste nosso tempo dilacerado pela inimizade e pelas guerras. Esta é a missão da Igreja: anunciar ao mundo a paz!”
Papa Leão XIV explicou que essa missão não é exclusiva do clero ou dos consagrados. Precisa ser confiada também aos missionários digitais, homens e mulheres que evangelizam com criatividade e responsabilidade nas redes sociais. “A paz precisa ser buscada, anunciada e compartilhada em todos os lugares, inclusive nos corações vazios de quem perdeu o sentido da existência”.
O Santo Padre refletiu sobre os desafios do mundo digital. Ele alertou para o risco de uma cultura desumanizada pela tecnologia e pediu que os evangelizadores digitais ajudem a preservar a dignidade da pessoa humana.
“Cabe a nós assegurar que esta cultura permaneça humana. Nossa missão é cultivar a cultura do humanismo cristão e fazê-lo juntos. Essa é a beleza da rede”.
Diante dos avanços da inteligência artificial e das novas tecnologias, o Papa insistiu que os cristãos criem espaços de encontro entre os corações, sempre com Cristo no centro de tudo.
Inspirado na imagem evangélica dos pescadores, Leão XIV convidou os influenciadores a construírem “redes de amor”, cujo foco não seja o número de seguidores, mas o acolhimento dos mais frágeis:
“Redes onde se possa consertar o que está partido, curar a solidão, dar espaço ao outro mais do que a nós mesmos. Redes que libertem, que salvem”.
Essas redes, segundo o Papa, são formadas por cada história de bem compartilhada. Ele chamou os missionários a serem agentes de comunhão e a quebrarem a lógica da divisão, da vaidade e das fake news com a luz da Verdade.
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