Anjos da guarda são onipresentes?

Anjos da guarda são onipresentes?

Ele está sempre por perto — mesmo sem nunca ser visto. Em silêncio, seu anjo da guarda acompanha, inspira decisões e intercede.

Os anjos são seres espirituais, sem corpo, criados por Deus para servi-Lo e auxiliar a humanidade. São inteligentes, imortais, dotados de vontade própria. Porém, não compartilham dos atributos divinos, como a onipresença, a onipotência ou a onisciência. Apenas Deus pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Os anjos, embora não estejam presos a um corpo, concentram sua atenção espiritual sobre alguém ou sobre uma missão.

Por serem puros espíritos, os anjos não ocupam espaço físico, mas isso não significa que estejam em todos os lugares. A tradição da Igreja ensina que eles “se fazem presentes” por meio do foco espiritual — ou seja, estão onde concentram sua ação e intenção, agindo de modo eficaz sem estarem limitados por um corpo. Essa lógica também se aplica aos anjos caídos, os demônios, que não estão em toda parte, mas atuam onde decidem interferir.

Essa realidade é explicada por teólogos e angelólogos, campo de estudo que se dedica a compreender a natureza, missão e ação dos anjos. Segundo o Catecismo da Igreja Católica (336):

“Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e intercessão”.

A existência dos anjos é um dogma de fé, afirmado por diversos concílios da Igreja, como o de Nicéia e o Vaticano I. A Bíblia menciona os anjos mais de 400 vezes — são mensageiros de Deus, portadores de Sua vontade e guardiões da história da salvação.

Cada pessoa recebe de Deus um anjo da guarda pessoal, que a acompanha ao longo de toda a vida. Esse dom é conferido desde o início da existência — embora por séculos teólogos tenham discutido se isso ocorre já na concepção ou no batismo. Hoje, prevalece a compreensão de que todos recebem um anjo e que os batizados recebem graças particulares que fortalecem essa relação de intimidade e auxílio.

A missão do anjo da guarda é conduzir cada pessoa pelo caminho do bem, proteger dos perigos e apresentar diante de Deus orações, sacrifícios e lutas do dia a dia. Trata-se de uma presença silenciosa e fiel, como um irmão mais velho que acompanha cada passo, sem jamais se impor. Eles são dedicados à pessoa que lhes foi confiada: não se distraem. Não se dividem. Sua missão é única: ajudar você a chegar ao Céu.

A devoção aos anjos remonta à antiguidade, mas se fortaleceu especialmente na Idade Média, entre os monges eremitas, que viviam em silêncio e oração na companhia invisível dos seus guardiões celestiais.

A festa litúrgica dos Santos Anjos da Guarda é celebrada em 2 de outubro desde 1670, por iniciativa do Papa Clemente X.

 

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