O Banco Central do Brasil lançou uma nova ferramenta para reforçar a proteção de pessoas físicas e jurídicas contra fraudes no sistema financeiro. Batizado de BC Protege+, o serviço permite bloquear a abertura de contas bancárias feitas de forma indevida, usando documentos falsos ou dados pessoais de terceiros.
A iniciativa tem como foco um dos golpes mais comuns no país: a abertura de contas em nome de vítimas, usadas posteriormente para movimentações ilegais, lavagem de dinheiro e outras fraudes.
Ao ativar o BC Protege+, o cidadão ou a empresa informa ao Sistema Financeiro Nacional que não autoriza a abertura de novas contas bancárias em seu nome, nem a inclusão como titular ou representante em contas de terceiros.
A partir disso, todas as instituições financeiras passam a ser obrigadas a consultar o sistema antes de abrir qualquer conta. Caso o CPF ou CNPJ esteja com a proteção ativada, a tentativa de abertura pode ser bloqueada.
O sistema vale para:
A proteção se aplica a todas as novas aberturas de contas, inclusive em bancos onde o cidadão ou a empresa já possuam relacionamento.
Quando há uma tentativa de abertura de conta com o BC Protege+ ativado, o usuário é informado sobre qual instituição financeira realizou a consulta ao seu CPF ou CNPJ. Isso permite identificar rapidamente possíveis tentativas de uso indevido dos dados.
O serviço está disponível na área logada do Meu BC, no site do Banco Central. Para usar o BC Protege+, é necessário:
A proteção pode ser ativada ou desativada a qualquer momento, de acordo com a necessidade do usuário.
Em poucos dias de funcionamento, o BC Protege+ registrou centenas de milhares de cadastros, o que indica forte interesse da população na nova camada de segurança. Ainda na primeira semana, diversas tentativas de abertura de contas foram rejeitadas graças ao bloqueio ativado pelos próprios cidadãos.
Segundo o Banco Central, a eficácia da ferramenta depende diretamente da adesão. Quanto mais pessoas utilizarem o serviço, maior será a prevenção contra fraudes no sistema financeiro.
Além do BC Protege+, o Banco Central disponibiliza no Meu BC o Relatório de Contas e Relacionamentos (CCS). Nele, o cidadão pode consultar:
O relatório ajuda a identificar se houve abertura de contas sem autorização. O Banco Central estuda ainda ampliar o alcance do BC Protege+ para outros produtos financeiros, como Pix, operações de crédito e cartões, dependendo do nível de adesão dos usuários à ferramenta.
O relacionamento entre um cidadão e uma instituição financeira geralmente começa com a abertura de uma conta. Ao permitir que o próprio usuário controle esse processo, o BC Protege+ é mais uma barreira contra golpes, que reduz prejuízos financeiros e transtornos legais para as vítimas. Ativar a proteção é uma medida simples que pode evitar grandes dores de cabeça no futuro.
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