É pecado assistir a filmes de terror?

É pecado assistir a filmes de terror?

Entre as tantas opções de filmes e histórias, as de terror também têm seu público. Essas produções costumam despertar sensações ou sentimentos como medo, espanto, surpresas e muita curiosidade. Para algumas pessoas, chegam até a afetar a saúde mental. Essas produções cinematográficas costumam estar muito ligadas à fantasia e à ficção especulativa e várias delas costumam utilizar elementos da Igreja ou da fé. Nesse cenário, uma dúvida costuma ser levantada entre espectadores e fiéis: afinal, é pecado assistir a filmes de terror?

Desde o Concilio Vaticano II, a Igreja Católica afirma o grande apreço por todas as manifestações artísticas e, entre elas, está o cinema. Padre Tiago Polonha, dirigente espiritual do Movimento de Irmãos, da Arquidiocese de Curitiba (PR), explica que, por mais que seja um gênero muitas vezes estranho, é um dos que mais precisa da Igreja e que reconhece na instituição a grande figura que derrota o mal.

“Filmes de exorcismos, precisamente, só existem com um personagem religioso para vencer ao final da história. Claro que essas histórias pouco têm a ver com a realidade, e ao assistir, precisamos ter discernimento que em tudo o que é mostrado quase nada tem a ver com nossa fé católica, apesar de usar nossos elementos e símbolos cristãos. Mas creio que se temos esse discernimento, e se conseguimos compreender que tudo no filme é apenas uma alegoria, não existe mal nenhum em assistir a esses filmes como uma forma de lazer”, compartilha o Sacerdote.

Contudo, para avaliar se assistir a esses filmes é ou não uma ofensa, Padre Tiago lembra que é preciso ficar claro que esse tipo de produção não deve trazer ou provocar dúvidas à fé.

“Se nos falta essa compreensão do que é verdade e do que é criação artística, convém nos manter distantes desse gênero, para não confundir nosso entendimento. Que possamos evitar conteúdos que nos coloquem medo e dúvida e encontremos em Cristo e sua Igreja o real caminho da Verdade. Tendo esse discernimento, como nos dizia São João Paulo II, podemos, sim, aproveitar esses filmes para também neles descobrir a esperança da nossa redenção”, finaliza.

Carta aos Artistas

Em 1999, Papa João Paulo II escreveu a “Carta aos Artistas”, que diz que “mesmo fora das suas expressões mais tipicamente religiosas, mantém uma afinidade íntima com o mundo da fé, de modo que, até mesmo nas condições de maior separação entre a cultura e a Igreja, é precisamente a arte que continua a constituir uma espécie de ponte que leva à experiência religiosa. Enquanto busca do belo, fruto de uma imaginação que voa mais acima do dia a dia, a arte é, por sua natureza, uma espécie de apelo ao Mistério. Mesmo quando perscruta as profundezas mais obscuras da alma ou os aspectos mais desconcertantes do mal, o artista torna-se de qualquer modo voz da esperança universal de redenção.”

O que procurar saber sobre filmes de terror

Muitos filmes de terror falam sobre demônios e questões espirituais, ainda que sem compromisso com a verdade. Para quem quer assisti-los, por curiosidade ou outra motivação, uma recomendação é ser firme em seus estudos sobre a fé católica e, dessa forma, ter o discernimento necessário, como apontado pelo Padre Tiago Polonha. Por isso, algumas indicações de leitura são:

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Comentários

  • Paulo Roberto Pacheco
    Muito bem fundamentada a abordagem quanto ao tema. Parabéns!
  • Nivaldo Pondian
    Desejo receber links
  • BRUNA GERMANO DOS SANTOS
    Na minha infância sempre assisti filme de terror, confesso que morria de medo . Hoje não assisto mas .
  • Beta Sampaio
    Bem explicado, que leva a crê que tudo o que ê ficção tem que ser encarado como ficção e nada sério....
  • Isabel Cristina Kruger
    Muito obrigada pelo conteúdo equipe
  • Tatyana Casarino
    Muito bom este posicionamento ponderado. Creio que isto deve ficar a critério do livre-arbítrio e da consciência de cada um. Depende do temperamento. Por ter o temperamento melancólico e sensibilidade, eu evito todos os conteúdos melancólicos e sombrios das mídias. Não vejo noticiário, nunca vi filmes de terror nem escuto músicas muito tristes. Isto é o que preserva a pureza da minha saúde mental e me traz alegria. Porém, abro exceção para a literatura. Leio suspense gótico e até mesmo escrevo dentro da literatura gótica, mas sempre de forma romântica, consciente e com mensagens morais.

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