Em busca de nossa própria alma

Em busca de nossa própria alma

Quantas vezes você já parou para se perguntar: “Quem sou eu?”. Ao mesmo tempo em que parece ser uma pergunta fácil de responder, é uma pergunta extremamente difícil, afinal, poucos sabem ou pararam para pensar sobre quem são de verdade. Eu, por exemplo, vivo dizendo a mim mesma que sou uma jovem cheia de vida, e que sou muito mais do que aquilo que aparento ser. Mas, afinal, quem sou eu mesmo?

Dentro da Psicologia Analítica, a busca pelo conhecimento do “eu” é evidente, pois a busca por esse conhecimento significa o anseio pela própria alma, ou seja, por aquilo que nos torna mais felizes e completos. Qualquer insatisfação, dentro da Psicologia Analítica, é chamada de “perda da alma”. Sem percebermos perceber, procuramos freneticamente por nossa alma, aquele detalhe que falta para nos tornarmos completos e, finalmente, felizes. Vivemos ansiando por um milagre, por um novo “eu” brilhante. Há algo dentro de nós que projetamos para o lado de fora, e que, na verdade, nunca será encontrado porque está dentro de nós.

É aí que o papel do caos, muitas vezes rejeitado e mal aceito por nós, entra em nossas vidas. É através por meio dele e da extrema desordem que ele é capaz de causar ao nosso ego e a tudo aquilo que acreditamos ser, que descobrimos uma, se não a única, oportunidade de (re)viver a nossa alma verdadeira. O caos nos obriga a experimentar a insatisfação, muitas vezes insuportável, para percebermos a falta de algo. Não de qualquer algo, mas do “nosso algo”. Esse processo faz com que passemos por algumas desilusões, porque percebemos que tudo o que buscamos “lá fora” é decepcionante e não queremos olhar para dentro de nós. É como se tivéssemos medo de nós mesmos.

É através do graças a esse processo insuportável e doloroso que o caos é capaz de causar que conseguimos tocar e estabelecer contato com nossa própria alma. Quando a tocamos, percebemos quase que automaticamente por que estamos aqui, quem somos nós, aquilo que nos faltava, e somos nós, outra vez.

O contato com a nossa alma pode ser obtido na maioria das vezes através de por meio de um processo doloroso. Podemos tocá-la e estabelecer contato com ela pela perda de um ente querido, de uma desilusão afetiva ou até mesmo pela descoberta de um câncer sem cura. Tocamos a nossa alma e a (re)conhecemos arrisco dizer quando estamos em pedaços. É necessário que tomemos consciência de que a dor causada pelo caos aparece em nossa vida para nos desconstruir por inteiro, com o objetivo de nos reconstruir novamente de uma forma ainda mais bonita. Deus permite lapidações, com este propósito.

A verdadeira transformação e lapidação de nós mesmos só acontece quando nos permitimos sentir e vivenciar de forma corajosa tudo aquilo que transformou muitas vezes o que era inteiro, em pedaços. Quando nos permitimos olhar para o caos e para tudo que ele nos proporciona, como um forte aliado para que nos tornemos seres mais completos, podemos ser “devolvidos” a nós mesmos e à nossa alma outra vez.

Lembre-se sempre: tudo, absolutamente tudo, o que chega até nós é nosso, e podemos sim, suportar. Acredite nisso e sua vida será transformada.

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