A Organização Mundial da Saúde (OMS) constatou que a pandemia aumentou em mais de 25% os números de depressão e ansiedade em todo o mundo. A saúde mental da população está debilitada e afeta qualquer um, independentemente da idade, profissão, região que mora, hábitos, etc.
O Papa Francisco, em 2021, demonstrou sua preocupação com o tema, especialmente diante dos desafios do mercado de trabalho e da própria pandemia.
“A tristeza, a apatia, o cansaço espiritual acabam dominando a vida das pessoas que estão sobrecarregadas com o ritmo de vida atual”, falou o Sacerdote.
Vidas aceleradas, pouco tempo para descansar e aproveitar a família, falta de fé e crenças são algumas das situações vivenciadas por quem está passando por problemas de saúde mental. Mas você sabe quais podem ser os sintomas de que a sua saúde mental não está bem?
Problemas com o sono, isolamento, variação de humor, mudança de comportamento, dores repentinas, alteração no apetite e esquecimento são as principais queixas. Entretanto não é porque você apresentou um desses sintomas que está, necessariamente, com algum transtorno. É preciso perceber quando um ou mais estão fora do “normal” do indivíduo, ou então quando passa a ser uma angústia persistente.
A psicóloga e colunista do IDe+ Talita Rodrigues comenta que realmente a pandemia aumentou os transtornos mentais já que nós, seres humanos, não estamos acostumados a lidar com a finitude da vida. Além disso, muitos perderam o sentido da sua própria existência, não sabendo lidar com as dificuldades da sua jornada porque não conseguem mais ter propósitos e fé.
“As coisas e todos os sofrimentos precisam fazer sentido para que possamos suportá-los. Acreditar em Deus, diante da experiência clínica, é a única coisa capaz de fazer com que a vida tenha sentido, porque passamos a acreditar que para tudo há um propósito”, comenta Talita.
Em outras palavras, ao confiarmos em Deus e compreendermos a nossa missão, passamos a entender que passar pelo sofrimento é suportável, porque tudo ficará bem ao final. “Os pacientes que acreditam em Deus e usam sua crença como forma de enfrentamento, se curam de uma forma muito mais rápida e completa”.
Engana-se quem acredita que apenas intervenções medicamentosas têm efetividade no controle dos transtornos de saúde mental. Em muitos casos o recomendado é a terapia e a espiritualidade. Isso mesmo: acreditar e confiar nos propósitos pode lhe ajudar a reencontrar a sua paz interior.
De acordo com a psicóloga, ter e manter a espiritualidade em alta nos auxiliam a compreender qual é o sentido da nossa vida, que é um passo enorme para querer voltar a viver plenamente. “O propósito está em tudo! Você pode ser presença de Deus e usar os seus dons em qualquer lugar. Para isso, basta conhecê-los”, lembra.
Mesmo quando as intempéries vêm, confie em Deus. É Ele quem sabe os caminhos e nos mostra as direções, até quando pensamos estar perdidos.
Em Romanos (5, 3-4) aprendemos que:
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança”.
A passagem mostra o quanto é importante enfrentar os desafios juntos da Palavra de Deus, porque Ele nos conhece e reconhece nosso sofrimento. “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos darei descanso” (Mateus 11,12).
Talita completa lembrando que pela fé conseguimos nos manter em pé, mesmo diante de situações muito difíceis. “É a fé que nos faz acreditar que o amanhã será melhor, e que hoje, diante do sofrimento, precisamos carregar a nossa cruz. Ela nos dá a clareza de que aqui nesta terra, somos viajantes e que, em algum momento, chegaremos ao destino final”.
A corrente do bem em prol das pessoas que sofrem com os males de saúde mental pode ajudar de diferentes maneiras. O primeiro passo, no entanto, deve partir também de quem está sofrendo, reconhecendo que o problema existe e que ele precisa ser encarado de frente.
Depois de diagnosticada, a pessoa precisará de uma grande rede de apoio que compreenda que ela está doente realmente. Por isso, não faça julgamentos ou tenha preconceitos. Insistir para que a pessoa saia da situação também não deve acontecer, porque o processo pode ser lento e é necessário ter paciência.
Você pode ajudar efetivamente em dois caminhos. O primeiro deles é incentivar a fortalecer a espiritualidade, ajuda psicológica e, nas palavras de Talita, dizer somente:
“Eu estou aqui para o que precisar. Não conheço e nem sei como se sente. Mas te respeito e estarei aqui sempre.”
O outro caminho é rezando para ela. Papa Francisco reforça a necessidade de mantermos nossas preces para as pessoas que estão passando por esse momento delicado. “Rezemos para que as pessoas que sofrem de depressão ou de esgotamento extremo recebam o apoio de todos e recebam uma luz que as abram à vida”, finalizou o Sacerdote.
A orientação da psicóloga Talita Rodrigues é sempre a busca pela espiritualidade e a ajuda psicológica. Mudanças na rotina e hábitos também fazem a diferença, por isso, investir em práticas esportivas e alimentação saudável são uma opção excelente.
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