O que você precisa saber sobre glaucoma, a principal causa de cegueira irreversível

O que você precisa saber sobre glaucoma, a principal causa de cegueira irreversível

O glaucoma é uma doença ocular que pode levar à cegueira irreversível e continua sendo um grande desafio de saúde pública tanto no Brasil quanto no mundo. Estimativas do Ministério da Saúde indicam que a doença afeta mais de 900 mil brasileiros e é a principal causa de cegueira irreversível globalmente. O glaucoma acomete cerca de 20% dos idosos com mais de 75 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO).

A doença é assintomática em seus estágios iniciais, o que torna o diagnóstico precoce fundamental para prevenir a perda de visão. É caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, que danifica o nervo óptico. Os sintomas só se tornam perceptíveis em estágios avançados, quando a perda de visão já pode ser significativa e irreversível.

O tratamento do glaucoma visa principalmente a redução da pressão intraocular para retardar a progressão da doença. As opções de recursos terapêuticos incluem colírios, procedimentos a laser e cirurgias.

Recentemente, um avanço significativo foi a aprovação do uso de stents cirúrgicos. Essa inovação permite um controle mais eficiente da pressão intraocular em pacientes que não respondem bem a outros procedimentos.

Conscientização e acesso ao tratamento

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece serviços para o cuidado com o glaucoma, que incluem consultas, exames diagnósticos e fornecimento gratuito de medicamentos. Além disso, iniciativas como o “Dia Nacional de Combate ao Glaucoma”, celebrado em 26 de maio, são essenciais para aumentar a conscientização sobre a doença e promover a importância das visitas regulares ao oftalmologista.

Atualmente, o SUS oferece 19 procedimentos para acompanhamento, avaliação e tratamento do glaucoma. Para serem encaminhados aos Serviços de Atenção Especializada, os pacientes devem, primeiro, procurar uma das 41,7 mil Unidades de Saúde da Família espalhadas por todo o país. As pessoas com diagnóstico confirmado devem ser acompanhadas por um médico oftalmologista. Esse acompanhamento começa cedo: todas as crianças, quando nascem, também realizam nas maternidades públicas o Teste do Olhinho. É um exame simples, rápido e indolor, capaz de detectar alterações no eixo visual. O teste avalia o reflexo da luz que entra no olho do bebê. Se for identificada alguma alteração, o recém-nascido é encaminhado para um especialista. A identificação precoce aumenta a chance de desenvolvimento normal da visão ao longo da vida.

Para os casos mais graves, em que há indicação, também é possível fazer transplante de córnea pelo SUS. Em 2020, foram realizados 7.334 procedimentos deste tipo no país. Em 2021, entre janeiro e maio, 436 transplantes foram realizados em todo o Brasil. Os pacientes podem ter acesso aos medicamentos necessários para o tratamento do glaucoma por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF).

Para os casos graves, a cirurgia continua a ser uma opção. A prevalência do glaucoma entre a população brasileira acima de 40 anos é estimada entre 2% a 3%, o que representa cerca de 1,5 milhão de pessoas. Projeções indicam que o número de casos de glaucoma no mundo pode chegar a 111,8 milhões até 2040, ainda de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).

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