Sim, uma pessoa divorciada pode se consagrar a Nossa Senhora, desde que viva em castidade e siga uma vida sacramental. Quem explica é o teólogo e diácono Paulo Pacheco: “se a pessoa é divorciada, mas vive em castidade seguindo uma vida sacramental, nada impede que ela se consagre”. É importante procurar direcionamento espiritual do Sacerdote da sua paróquia ou de um leigo capacitado.
A consagração mariana, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort, é chamada de “escravidão de amor” e consiste em uma perfeita renovação das promessas do Batismo. Por meio dela, o fiel se entrega totalmente a Jesus Cristo pelas mãos de Maria e assim renuncia ao pecado e aos apegos do mundo.
A consagração é um ato voluntário de amor e entrega, no qual o fiel promete recorrer a Maria como Mãe e viver em coerência com esse compromisso. Como ensina São Luís Maria, trata-se de “um caminho mais rápido, fácil, perfeito e seguro” para a santificação, porque Maria sempre conduz os filhos ao coração de Jesus.
Muitos santos viveram essa entrega, como São João Paulo II, São Maximiliano Kolbe e São Padre Pio.
A primeira condição para a consagração é ser batizado na Igreja Católica e ter pelo menos a idade da razão (em torno de 7 anos). Além disso, é necessário estar em dia com a vida sacramental: Confissão, Eucaristia e Crisma.
Isso não significa que quem se consagra precisa ser perfeito. Porém, deve estar disposto a viver um caminho de conversão contínua, que busca a santidade em comunhão com a Igreja.
A situação do fiel divorciado exige discernimento. A Igreja ensina que, se a pessoa está separada, mas vive em castidade e participa da vida sacramental, pode se consagrar. Todos os contextos precisam ser considerados e a avaliação pode acontecer com o apoio da Igreja.
Já os casais em segunda união, ou seja, que vivem maritalmente sem o sacramento válido do matrimônio, não podem fazer a consagração, porque não têm acesso pleno aos sacramentos, especialmente à Confissão e à Eucaristia. Nesses casos, o convite é unir-se à cruz de Cristo, buscar viver a fé com fidelidade possível e, quando for viável, procurar o Tribunal Eclesiástico.
A consagração não é privilégio de alguns, mas convite para todos os que desejam aprofundar sua vida cristã. Consagrar-se a Nossa Senhora significa colocar toda a vida — corpo, alma, bens, passado e futuro — nas mãos de Maria, para que Ela nos conduza ao Senhor.
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