Como escolher um bom colchão? Fisioterapeuta ensina

Será que o colchão faz diferença na qualidade do seu sono e para a saúde? A resposta é: com certeza! Porém, o que leva um colchão a ser considerado bom são também as características e adequação às necessidades de cada pessoa, o que vai além do simples “gosto pessoal”.

“Efetivamente, um colchão inadequado pode comprometer a biomecânica da coluna vertebral e a postura durante o repouso. A insuficiência de um bom suporte pode ocasionar uma distribuição assimétrica das cargas sobre as estruturas do corpo, o que contribui para o surgimento de desvios da postura e desconforto”, explica o fisioterapeuta Thallys Mendonça, que acrescenta que a qualidade do sono é diretamente afetada.

Há pontos que sempre devem ser considerados, como orienta o fisioterapeuta. Ao selecionar um colchão, é fundamental avaliar a densidade e a altura para que exista um suporte apropriado para a coluna vertebral. A escolha de um material firme, como os que têm espuma de elevada densidade, permite o posicionamento correto da coluna durante o período de repouso, o que previne possíveis complicações.

Em relação aos modelos de molas ou de água, a decisão deve ser baseada na recomendação de profissionais da saúde. O primeiro tipo oferece suporte firme e, consequentemente, estabilidade postural, porém pode ser deficiente em alívio de pressão. Já os de água dão uma sensação de flutuação, benéfica para pacientes com dores. Entretanto, podem ser menos estáveis e necessitar de manutenção frequente.

Quais as diferenças e recomendações entre colchões “ortopédicos”?

O fisioterapeuta Thallys Mendonça explica que embora os chamados “leitos ortopédicos” tenham sido desenvolvidos para dar suporte suplementar à coluna e melhorar a pressão sobre áreas problemáticas do corpo, algumas pesquisas científicas indicam que o termo “ortopédico” nem sempre está associado a uma definição uniforme.

Ou seja, ter apenas essa espécie de “selo” não significa que aquele colchão é superior ou mesmo ideal. A recomendação é conhecer as especificações de material, altura, densidade, entre outros fatores do produto. Confira quais são os modelos ortopédicos e quais os aspectos favoráveis e os desfavoráveis, de acordo com a avaliação do fisioterapeuta.

Leitos de espuma viscoelástica

• Aspectos favoráveis: adaptam-se ao contorno corporal, o que proporciona alívio de pressão e suporte personalizado.
• Aspectos desfavoráveis: algumas pesquisas sugerem que a espuma viscoelástica pode reter calor, o que pode ser desconfortável para algumas pessoas, além de emitir odores químicos iniciais.

Leitos de látex

• Aspectos favoráveis: proporcionam uma combinação de suporte e conforto, o que auxilia na manutenção do alinhamento da coluna durante o sono. O látex natural pode apresentar maior resistência a ácaros e bactérias.
• Aspectos desfavoráveis: podem ter custo superior a outros tipos de leitos/colchões e algumas pessoas podem manifestar alergia ao látex.

Leitos ajustáveis

• Aspectos favoráveis: permitem ajustar a inclinação e a firmeza do leito para atender às necessidades específicas de pessoas com problemas na coluna. É um conforto “personalizado”.
• Aspectos desfavoráveis: podem ter preço mais elevado em comparação com os tradicionais, e alguns modelos podem apresentar problemas mecânicos ao longo do tempo.

“É importante destacar que os aspectos positivos e os negativos podem variar a partir das demandas individuais. A seleção do leito ou colchão ideal é uma decisão que deve ser embasada em orientações profissionais e consideração das preferências pessoais”, finaliza Thallys.