Como se qualificar para mercado de trabalho no pós-pandemia?

O mercado de trabalho já costuma sofrer mudanças, naturalmente, a cada nova geração de profissionais que ingressa nele; porém, alguns fatores, como a pandemia, podem também impactar de forma significativa nessas relações, mudando o jeito como se trabalha, a intensidade do emprego de tecnologias ou de inteligência artificial nos setores e até fazerem surgir novas profissões. Tendo o mundo do trabalho passado por esse último impacto há tão pouco tempo, como os futuros universitários poderão se preparar para o mercado, no futuro? Esta é a pergunta de muitos jovens que agora escolhem as suas profissões.

Home office, teletrabalho, responsabilidade social, proteção de dados: são muitos os sinais de mudança que já apareciam mesmo antes mesmo do isolamento, e que foram enfatizados e acelerados agora, com a nova realidade. Fica a pergunta: o quanto precisamos nos atualizar para atuar nesses novos mercados? Como as mudanças sociais recentes devem influenciar a escolha de quem está se preparando para ingressar na universidade?

O mercado de trabalho vem exigindo que os profissionais estejam mais aptos a se adaptar a mudanças, além de atualizados com as novas tecnologias que poderão subsidiar a sua atuação no futuro. Para facilitar o processo de escolha dos futuros alunos, as instituições de ensino superior vêm oferecendo novas opções para graduação.

Os estudantes de hoje encontram, além dos cursos mais tradicionais, novos cursos voltados às novas necessidades do mercado, como os cursos de Empreendedorismo ou de especialista em Cloud Computing. Em resumo, é possível se preparar desde agora para o mercado de trabalho já adaptado ao mundo pós-pandemia.

“O estudante que encontrar um direcionamento, uma referência que possa abrir a mente para o que ele pode enfrentar no mundo lá fora, será um profissional mais capaz, com habilidades que farão com que ele se diferencie neste novo mercado de oportunidades”, explica Elaine Oliveira, Especialista em Gestão de Pessoas e de Negócios e professora do curso de Administração da Estácio.

“Entre as tendências que estarão no mundo pós-pandemia, uma das principais é a transformação digital, em que os futuros profissionais precisam estar adaptados ao mundo online”, complementa a docente.

Especialmente no momento em que a necessidade do distanciamento social foi necessária, as empresas investiram em processos seletivos 100% virtuais e os setores de Recursos Humanos têm passado, com isso, por inúmeras transformações, integrando novas tecnologias para otimizar os resultados das suas tarefas diárias. Com isso, eles podem atuar de forma estratégica para o sucesso da empresa, sem que nenhuma das etapas do processo seletivo seja deixada de lado.

“Na prática, não faz diferença entrevistar o candidato ao vivo ou por videoconferência, por exemplo”, ela afirma. “Tudo que avaliamos é perfeitamente possível de apreender remotamente, desde habilidades de comunicação e postura até conhecimentos técnicos da área de atuação”, conclui.  

As opções para o estudante que está buscando qualificar-se para o mundo do trabalho, entretanto, não se limitam a escolher apenas um curso ou área para atuar. Dentre as graduações disponíveis, existem cursos superiores profissionalizantes que podem ser concluídos em 2 anos, o que permite que a pessoa inicie mais cedo a sua prática profissional. Como todas as áreas, a Educação também evoluiu, expandindo as suas possibilidades em diferentes formatos. Hoje, o aluno pode escolher o que é mais adequado ao seu dia a dia: a modalidade clássica de ensino, que é o ensino presencial, com professores e alunos em uma sala de aula com as devidas restrições em virtude da pandemia, ou a graduação digital, com o uso de realidade virtual, passando por formatos híbridos, em que se mescla um e outro formato de ensino.

Lifelong learning ‒ estudo para a vida toda

Para Elaine, existe uma regra que não muda: quem quer investir na carreira, precisa investir em conhecimento. Seja quem ainda vai ingressar no mercado de trabalho, ou quem só precisa se atualizar por conta das mudanças recentes, o caminho é o mesmo.

Todos que desejam se preparar para o pós-pandemia devem escolher uma das modalidades de ensino disponíveis e observar que não há mais, hoje, um período específico para o estudo e outro para o trabalho: formação e trabalho estão definitivamente misturados, e deverão nos acompanhar pela vida afora.

Um conceito que tem tudo a ver com o cenário em que vivemos, que é de grande competitividade e mudanças rápidas, está relacionado à educação continuada: o lifelong learning.

Segundo esse conceito, os estudos devem ser permanentes, não acontecendo apenas durante um curto período da vida. A pessoa, assim, não vai apenas estudar nos seus anos escolares e encerrar após a graduação ou mesmo pós-graduação: seu desenvolvimento pressupõe que ele se predisponha, sempre, a aprender algo novo e aperfeiçoar novas habilidades.

O aprendizado é uma prática que deve, portanto, ser incentivada por toda a vida. Se você tem um novo interesse, alguma coisa sobre a qual deseja muito aprender, não deixe para depois. Não só a sociedade evolui com essa escolha, como sua saúde física e mental também agradecerão.