Ele faz muito sucesso pelas redes sociais e fala sobre sua fé, de uma forma leve e descontraída. Com quase 300 mil seguidores no Instagram, o perfil de Luccas Coelho, de 20 anos, chama a atenção desde a foto do perfil. Uma selfie no espelho, com o jeito característico dos jovens e uma “roupa” diferente: a alva ou túnica, que representa que ele é um coroinha – orgulhoso da sua missão e que busca inspirar outros jovens.
Essa atividade, que começou há seis anos, é sagrada para Luccas, além de responsável por torná-lo mais maduro na fé e mostrar caminhos diferentes para ele. “Nossa! Poderia dizer que existe um Luccas antes de ser coroinha e um depois. Você entra de um jeito e, conforme vai servindo, você acaba se transformando. Sua interpretação da Igreja muda, a visão que você tem da Santa Missa muda. E pra melhor, porque você aprende o rito de uma maneira mais completa, que te ajuda a servir e isso é muito lindo”, compartilha o coroinha, que sempre auxilia Padre Reginaldo Manzotti.
O que mais marca essa caminhada, iniciada graças ao apoio da avó que o levava desde pequeno à igreja, é o fato de estar tão perto de Jesus na Eucaristia e sentir que está servindo ao Senhor.
“A cada Missa, tenho uma certeza maior do que eu acredito, do que vivo e me sinto mais próximo do céu. A experiência de estar ali perto quando acontece a Transubstanciação é uma sensação inesquecível que só quem vive sabe”, conta.
O compromisso com essa atribuição é a regra para o influenciador. Porém, ele conta que não se sente obrigado, pois além da alegria pelo que realiza, fez muitas amizades na igreja. O jovem recomenda – “com toda certeza do mundo”, enfatiza – que outras pessoas deem esse passo e doem o seu tempo por aquilo que acreditam.
Quase metade da vida de Beatriz Brinner, que tem 18 anos, foi dedicada à atividade de coroinha. Ela recebeu a boa influência da irmã mais velha para isso e conta como é bom vivenciar a paixão que desenvolveu pela Igreja, comunidade e vocação. Assim como Luccas, ela destaca a experiência de ficar mais próxima de Jesus.
“Esse sentimento é sem igual. A fé fica cada vez maior e mais forte com a presença dEle”, enfatiza.
Para ela, a experiência é muito positiva, mas precisa de vocação. “Ser inserida pela família também ajuda muito, é um fator determinante, e a criança também pode trazer a família para a vivência de fé e para a vida em Cristo”, comenta Beatriz.
Durante a 12ª Peregrinação Internacional dos Ministrantes em 2018, Papa Francisco recebeu coroinhas de 18 países no Vaticano e respondeu a algumas perguntas. Uma delas foi sobre como reconhecer, concretamente, na vida, aquilo que Jesus quer de cada um. O Pontífice respondeu que, como coroinhas, eles fazem a experiência de Marta e de Maria.
“É bom se, além de seus turnos de serviço litúrgico, vocês sabem por um lado comprometer-se na vida paroquial e, por outro lado, ficar em silêncio na presença do Senhor. E assim, neste entrelaçamento de ação e contemplação, também se reconhece o desígnio de Deus para nós: pode-se ver quais são os talentos e os interesses que Deus coloca no nosso coração e como desenvolvê-los; mas sobretudo, nós nos colocamos humildemente diante de Deus, assim como nós somos, com nossas qualidades e nossos limites. E não tenham medo de pedir um bom conselho sempre que vocês se perguntarem como podem servir Deus e as pessoas que precisam de ajuda no mundo. Lembrem-se de que, quanto mais vocês se doarem aos outros, tanto mais vão receber em plenitude vocês mesmos e vão ficar felizes!”.
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Texto originalmente publicado no espaço IDe+ do Jornal do Evangelizador / Edição 203 – Agosto de 2024
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