Jovens do mundo inteiro ocupam seu tempo livre na aprendizagem de atividades junto à natureza, excursões, acampamentos e passeios culturais. O escotismo é um movimento de educação não formal, de voluntariado, apartidário e sem fins lucrativos. Tem como filosofia de vida o respeito ao meio ambiente, a tolerância, a igualdade, o companheirismo, a atividade física e a capacidade de superar adversidades. Num grupo de escoteiros, os integrantes são crianças, adolescentes e jovens com idades que variam de 7 a 21 anos. Eles se ajudam mutuamente e, num sistema de equipes, vivenciam a socialização, incentivo à solidariedade e aprendizagem pela ação.
O Movimento Escoteiro teve início em 1899 com o Oficial do Exército Britânico Robert Baden-Powell. Durante a guerra do Transvaal, como dispunha de poucos soldados, treinou um corpo de cadetes formados por adolescentes para executarem serviços de primeiros socorros, comunicação, cozinha e outros trabalhos auxiliares. A experiência deu certo e a lealdade, dedicação e coragem dos participantes levou Baden-Powell a organizar um acampamento com 20 jovens em 1907, quando retornou à Inglaterra. Em seguida, publicou o livro Escotismo para Rapazes.
A história do santo que matou um dragão é exemplo para muitos devotos. Jorge foi um cristão muito leal a Deus. Nascido na Capadócia (atual Turquia) no final do século III, foi militar romano mas sofreu perseguição por não renegar sua fé em Cristo. Por isso, foi martirizado e morto. Antes de toda provação, o soldado salvou a cidade Silena, na então Província Romana da Líbia, Norte da África.
Naquele local, havia um lago onde habitava um dragão. A fera representava uma grande ameaça à população e, para impedir que atacasse, eram oferecidas duas ovelhas todos os dias para alimentá-la. Com o tempo, as ovelhas começaram a faltar. Assim, diariamente, uma ovelha e um jovem da cidade começaram a ser entregues ao dragão. A escolha do humano era feita por sorteio, até que a própria filha do rei foi sorteada. Mesmo triste, a moça foi para a margem do lago e aguardou pelo monstro. Ao encontrar a princesa aos prantos, o cavaleiro Jorge se aproximou para entender o que estava acontecendo. Quando soube de tudo, o rapaz corajoso percebeu que não podia abandonar um ser humano frágil que estava em perigo. Permaneceu junto dela até surgir o dragão. Jorge montou imediatamente em seu cavalo, atingiu o monstro com sua lança e jogou-o ao chão, ainda com vida. O santo, então, falou para a moça colocar seu cinto, sem medo, em volta do pescoço do dragão, que passou a ser conduzido como um animal dócil.
Os três retornaram para a cidade, onde Jorge pediu para que as pessoas não temessem o mal e acreditassem no Senhor Jesus. Disse ele:
“Nada temam. O Senhor me enviou para que eu os libertasse das desgraças causadas por esse dragão. Creiam em Cristo, recebam o batismo, que eu matarei o dragão”.
Com sua espada, o hábil militar pôs fim à existência do monstro.
Na cidade, após a conversão, foi construída uma igreja à Virgem Maria, onde surgiu uma fonte de água curativa sob o altar. O santo deixou Silena logo depois, sem aceitar pagamento pela boa ação praticada.
O dragão que amedrontou uma cidade inteira representa o mal e todo tipo de vício que pode afligir as pessoas. São Jorge, por sua firmeza de caráter, calma e confiança em Cristo demonstrou que, quando agimos com a força da graça de Deus, é possível vencer qualquer vício.
Na simbologia da história, o mau, o vício, representado pelo dragão, consumia o sustento (as ovelhas) e a vida de jovens da população.
Baden-Powell foi contagiado pelo entusiasmo juvenil e acreditava no potencial dos jovens. Assim, escolheu São Jorge como patrono dos escoteiros e adotou o dia 23 de abril, Dia de São Jorge celebrado pela Igreja, como o dia do escoteiro.
A data renova nos adeptos do escotismo o senso de responsabilidade, disciplina, honestidade, compromisso e harmonia na vida em sociedade para transformar o mundo num lugar melhor.
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