O terceiro mandamento da Lei de Deus “guardar os domingos e festas”, de modo específico, lembra que o domingo é o Dia do Senhor e a Ele deve ser dedicado.
O texto do Êxodo nos fala:
“Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás durante seis dias e farás toda a tua obra. Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum.” (Ex 20, 8-10)
O sábado, no Antigo Testamento, lembrava a libertação que o povo de Israel teve do Egito até a Terra Prometida. Porém, a nossa fé vem do Novo Testamento, quando recordamos a Páscoa de Jesus e a Sua Ressurreição no domingo. Por isso, a Igreja, desde os apóstolos, guarda o domingo como o Dia do Senhor.
Jesus ressuscitou dentre os mortos no primeiro dia da semana (Mc 16, 2). Este primeiro dia, o da ressurreição de Cristo, lembra a primeira criação, enquanto o oitavo, que segue ao sábado, significa a nova criação, inaugurada em Cristo Jesus. Para os cristãos, o domingo se tornou o primeiro de todos os dias, de todas as festas: o Dia do Senhor. Dies Dominica – O domingo.
O Catecismo da Igreja Católica nos explica que guardar significa preservar para Deus. Guardar no sentido de não nos ocuparmos com outras coisas que nos impeçam de fazer o devido descanso, o repouso e, neste dia, especialmente nos dedicarmos à oração (CIC – Catolicismo da Igreja Católica 2185).
A Igreja determina que, aos domingos e nos outros dias de festa e de preceito, os fiéis têm obrigação de participar da missa. Cumpre a regra quem participa da missa celebrada no rito católico no dia de festa, ou à tarde do dia anterior. Por isso, a liturgia do sábado à noite já é a do domingo (CIC – Catolicismo da Igreja Católica 2180).
Os fiéis têm o dever de participar da Eucaristia nos dias de preceito. Apenas motivos muito sérios justificam a ausência, como doença grave, cuidados com bebês, ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que, deliberadamente, faltam à obrigação da missa dominical cometem pecado grave (CIC – Catolicismo da Igreja Católica 2181).
O domingo deve ser dedicado a boas obras, evangelização, catequese, caridade, serviço aos doentes e aos idosos. É o dia de ir à missa, de visitar os parentes, de descanso e de reflexão. Momento de se dedicar à família, de todos juntos se reunirem para as refeições. Dia de conversa, bate-papo, risada. E isso está faltando nas famílias. Falta o pai contar “causos”, o filho perguntar. Um saber da vida do outro.
A Igreja pede isso porque estamos entrando numa “máquina de mercado” e nos esquecemos que somos de carne e osso, não somos robôs. Não é um dia de ficar “fazendo bico” ou trabalhos extras. O ser humano precisa de descanso, precisa estar em equilíbrio. Infelizmente, há pessoas que necessitam trabalhar aos domingos e, às vezes, não é por opção. Então, a Igreja orienta que se busque outro dia de repouso e oração. Por outro lado, a Igreja também diz aos patrões que eles têm a obrigação de facilitar aos empregados, ao menos para irem à missa.
Além do domingo, as festas e dias santos em que todo católico é obrigado a participar da Santa Missa são: Natal; Epifania (festa dos Reis Magos); Ascensão de Jesus; Corpus Christi; solenidade de Santa Maria Mãe de Deus; Festa da Imaculada Conceição; Assunção de Nossa Senhora; Dia de São José, São Pedro e São Paulo; e a Festa de Todos os Santos (CIC – Catolicismo da Igreja Católica 2177).
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.