Ele foi o Papa que falou aos jovens, enfrentou regimes, sobreviveu a um atentado e mostrou ao mundo a força da fé. São João Paulo II marcou a história da Igreja e do século XX com coragem, ternura e um coração profundamente mariano.
Karol Józef Wojtyła nasceu em 18 de maio de 1920, em Wadowice, na Polônia. Filho de Karol e Emília Wojtyła, perdeu a mãe ainda criança e o irmão pouco depois. Desde cedo, conheceu o sofrimento e aprendeu a encontrar em Deus a força que o acompanharia por toda a vida.
Foto: reprodução Vatican News
Durante a ocupação nazista, trabalhou em fábricas e pedreiras, enquanto, em segredo, iniciava a formação sacerdotal. Foi ordenado padre em 1946 e enviado a Roma para estudar Teologia. Seu testemunho e sabedoria o levaram a ser nomeado bispo auxiliar de Cracóvia e, depois, arcebispo, participando ativamente do Concílio Vaticano II.
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Em 16 de outubro de 1978, Karol Wojtyła foi eleito Papa, tornando-se João Paulo II, o primeiro Papa não italiano em 455 anos. Seu pontificado durou mais de 26 anos, um dos mais longos da história da Igreja.
Chamado de “Papa peregrino”, viajou para mais de 120 países e levou a mensagem de Cristo aos quatro cantos do mundo. Foi também o criador das Jornadas Mundiais da Juventude, que aproximaram milhões de jovens da Igreja e renovaram o entusiasmo pela fé.
João Paulo II foi um defensor incansável da vida, da família e da dignidade humana.
Papa João Paulo II no Brasil em 1981./Foto: reprodução
O Papa polonês viveu profundamente unido à Virgem Maria, a quem dedicou o lema Totus Tuus (“Todo teu”). Atribuiu à intercessão de Nossa Senhora de Fátima a sua sobrevivência ao atentado de 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro.
Seu pontificado foi marcado por gestos de misericórdia e reconciliação, como quando visitou na prisão o homem que tentou assassiná-lo. Publicou o Catecismo da Igreja Católica, o novo Código de Direito Canônico e várias encíclicas sobre fé, razão e dignidade humana.
Nos últimos anos, São João Paulo II enfrentou a doença de Parkinson e a limitação física com serenidade exemplar. Continuou a aparecer em público para mostrar que o valor da vida não está na força do corpo, mas na fidelidade a Deus.
Ele faleceu em 2 de abril de 2005, véspera do Domingo da Divina Misericórdia, festa instituída por ele mesmo em 2000. Milhares de fiéis, de todas as partes do mundo, acompanharam em oração seus últimos momentos.
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O primeiro milagre atribuído à sua intercessão foi a cura de irmã Marie Simon-Pierre, francesa que sofria de Parkinson. Após rezar a João Paulo II, ela foi curada de forma inexplicável.
O segundo milagre reconhecido pela Igreja ocorreu com Floribeth Mora Díaz, da Costa Rica, curada de um aneurisma cerebral em 2011, também após pedir a intercessão do Papa polonês.
Esses dois milagres levaram à sua canonização em 27 de abril de 2014, no Domingo da Divina Misericórdia, ao lado de João XXIII, em celebração presidida pelo Papa Francisco e com a presença de Bento XVI.
No processo, Bento XVI já havia reconhecido seu heroísmo de virtudes e beatificado João Paulo II em 2011.
São João Paulo II é lembrado como o Papa da juventude, da família e da misericórdia. A sua vida mostra que a santidade é possível mesmo em tempos difíceis, quando o amor e a fé são colocados em prática. Ele mesmo dizia:
“Não tenhais medo! Abri, antes, escancarai as portas a Cristo.”
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“Papa peregrino” – João Paulo II realizou 104 viagens apostólicas fora da Itália, visitou 129 países e se tornou o Papa que mais viajou na história.
Poliglota e comunicador – Falava fluentemente vários idiomas, como polonês, italiano, francês, inglês, espanhol, alemão e latim.
Amigo dos jovens – Foi o criador das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que começaram em 1986 e reúnem milhões de jovens até hoje.
Escritor e filósofo – Publicou encíclicas, exortações apostólicas e diversos livros, entre eles Cruzando o Limiar da Esperança e Memória e Identidade.
Devoto de Maria – Seu lema papal, Totus Tuus (“Todo Teu”), foi inspirado na consagração mariana de São Luís Maria Grignion de Montfort.
Santo da misericórdia – Foi canonizado em 27 de abril de 2014, no Domingo da Divina Misericórdia — festa que ele mesmo havia instituído em 2000.
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O pedido do Papa João Paulo II que inspirou o Padre Reginaldo Manzotti
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