Você sabia que o Dia da Matemática é celebrado em 6 de maio? A data homenageia o nascimento de Júlio César de Mello e Souza, o professor e escritor brasileiro conhecido pelo pseudônimo Malba Tahan, autor de “O homem que calculava”. Além das equações e fórmulas que aprendemos na escola, o que será que a Bíblia fala sobre o tema? Números, proporções e até conceitos como infinito e ordem estão em diversas passagens bíblicas.
A matemática é considerada por muitos estudiosos como a linguagem do universo. Explica movimentos de planetas, padrões na natureza, proporções em obras de arte e até o ritmo do coração. Para cristãos, nada disso é por acaso. A fé ensina que Deus é o Criador de todas as coisas — inclusive da ordem e da lógica que a matemática revela.
No Salmo 19, por exemplo, lemos que “os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”. Essa obra também se manifesta por meio da precisão das leis naturais e da harmonia matemática presente na criação.
A Bíblia está repleta de números que carregam significados espirituais. O número sete, por exemplo, é símbolo da perfeição e aparece na criação do mundo e em inúmeros outros contextos. O quarenta representa tempo de provação e purificação — como os 40 dias de Jesus no deserto. O doze aparece em referência às tribos de Israel e aos apóstolos.
Jesus, em seus ensinamentos, usou elementos matemáticos para ilustrar verdades espirituais. A multiplicação dos pães e peixes (Mt 14,13-21), por exemplo, mostra que na lógica divina não existe escassez. Deus multiplica, transborda, surpreende. A matemática do Reino não é baseada em perda, mas em generosidade.
E se nos atentarmos, veremos que, na pedagogia divina, muitas vezes 1 vale mais do que 99: “Se alguém tem cem ovelhas e perde uma, deixa as noventa e nove e vai procurar a que se perdeu” (cf. Mt 18,12-14).
A matemática também está associada à noção de ordem. A existência de proporções e padrões na natureza é uma forma de contemplar a sabedoria divina.
Essa mesma ordem se manifesta na construção do Templo (cf. 1Rs 6), nas medidas detalhadas da Arca de Noé (Gn 6,15) e até na descrição da Nova Jerusalém no Apocalipse (Ap 21,16): a cidade santa tem dimensões perfeitamente simétricas.
Papa João Paulo II afirmou que “fé e razão são como as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade” (Fides et Ratio, n. 1). A matemática, com sua beleza lógica, pode ser uma dessas asas.
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.
