Ter respeito, atenção e empatia com os idosos. Parece óbvio, mas não é! No Dia dos Avós (26/7), o tema costuma ganhar mais destaque e é um bom momento para refletir, absorver e aprender a conviver de uma maneira positiva para todos. Para começar, fica o lembrete do geriatra e psicogeriatra Ednor Neto sobre como esse público NÃO deve ser visto: “ficar idoso não é sinônimo de ficar doente. O envelhecimento pode e deve ser um processo saudável”.
O profissional complementa que o envelhecimento é algo natural da vida e, com hábitos saudáveis, é possível viver com energia, autonomia e qualidade de vida. Para que isso aconteça, é essencial ter “cuidados preventivos, uma rotina ativa e acompanhamento médico”. Nesse sentido, contar com apoios de familiares e de toda a sociedade é fundamental, inclusive na maneira de olhar e lidar com pessoas idosas.
Conhecida como “neta vozeira”, a jornalista Isabela Lessak procura estar perto dos avós, mesmo morando em outra cidade. Sempre que possível, passa semanas na casa deles e, quando não pode estar fisicamente lá, as chamadas de vídeo fazem parte da rotina. Ela contou essa história ao IDe+ e apresentou seus avós no conteúdo “Já conversou com um idoso da família hoje?”.
Esse contato e socialização são muito importantes para todas as pessoas, mas para a pessoa idosa são ainda mais significativos, uma vez que não é incomum que eles sejam “esquecidos”.
Pesquisas também comprovam os benefícios da relação entre avós e netos (“Dia dos Avós: como a relação entre avós e netos ajuda na saúde mental?”). Um estudo publicado na Revista Ceuma Perspectivas, por exemplo, mostrou que a interação entre avós e netos contribui significativamente para a saúde mental dos mais velhos, que se sentem mais úteis e valorizados, passam a apresentar menores níveis de depressão e maior satisfação com a vida.
Outro ponto importante na relação com os idosos é respeitar seus gostos, rotinas, vontades e decisões. É comum ouvir que “os mais velhos são teimosos”. Porém, o que comumente acontece é que suas vozes, observações e pedidos tendem a ser ignorados.
Aos 94 anos, Maria de Lourdes Ferreira é um exemplo de “vovó” que conta com os netos para os cuidados necessários de saúde, mas também – e principalmente! – para que sua vida tenha a graça e o jeito que ela sempre gostou: com música, pintura, conversas e bom ânimo. A advogada Paula Ferreira, uma de suas nove netas, conta que a avó não perde os jogos do Flamengo, seu time do coração, e da seleção brasileira.
Aos 94 anos, Maria de Lourdes Ferreira não perde os jogos do Flamengo./Foto: arquivo pessoal
O geriatra Ednor Neto recomenda que os familiares e pessoas próximas sempre incentivem a interação em grupos, passeios e atividades culturais, pois manter uma vida social ativa na terceira idade é essencial para a saúde e o bem-estar. Confira alguns benefícios elencados pelo médico:
Vale lembrar que “cuidar não é só tomar conta”, mas procurar conhecer e entender como, realmente, é possível fazer parte e ajudá-los a ter autonomia, qualidade de vida, segurança e seus direitos assegurados.
Para isso, o IDe+ recomenda as seguintes leituras:
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