Como é importante ter verdadeiros amigos. A Palavra de Deus nos ensina:
“Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão. Quem teme ao Senhor tem amigos verdadeiros, pois tal e qual ele é, assim será o seu amigo” (Eclo 6, 14-17).
Jesus disse a seus discípulos:
“Eu já não vos chamo de servos, pois o que faz o seu senhor, eu vos chamo de amigos, porque vos comuniquei tudo o que ouvi de meu Pai” (Jo 15,15).
Jesus foi um homem que cultivou amizades. Entre essas estavam os irmãos Marta, Maria e Lázaro, que moravam em Bethânia.
Sempre que podia, Jesus os visitava e foi assim quando se aproximava o momento de Sua Paixão. Tanto que na Semana Santa, quando acompanhamos os últimos passos de Jesus, a Segunda-feira Santa é chamada a “Segunda dos amigos”. Nas Celebrações Eucarísticas, o Evangelho proclamado é sempre João, capítulo 12, versículos de 1 ao 11. O trecho narra que Jesus foi a Bethânia para ter um encontro com aqueles que Ele amava e quando chega é muito bem recebido, é oferecido um jantar. Jesus foi buscar em seus amigos um pouco de alento. É o jantar da despedida, do carinho e do afeto. Jesus se despede de seus amigos e a partir daí o que O espera é açoite e sofrimento. Mas o Evangelho fala desse dia da amizade, da ternura.
Lázaro, o amigo por quem Jesus chorou e depois trouxe de volta à vida, era um dos que estavam à mesa com Ele. Sentar-se à mesa com alguém, geralmente, reforça a ideia de intimidade e comunhão.
Marta, a mulher leal, transparente e sincera, que não se cansa de servir, preparou o jantar e estava servindo Jesus e os convidados. Maria, que nada tem a ver e erroneamente é confundida com a mulher pecadora. O fato é que ela é apaixonada pelo Senhor, como também seus irmãos e como todos nós deveríamos ser, porque só irão perdurar os apaixonados pelo Senhor, só vão vencer os martírios de hoje quem realmente amar Jesus Cristo. Ela, que quis beber da fonte do Senhor, sentiu – porque quem ama sente – que era o último momento com o Mestre. Ela sentiu que era uma despedida, que fisicamente não veria mais o Senhor e, num ato de amor, ela unge os pés de Jesus com quase meio litro de nardo puro e os enxuga com os cabelos. Talvez aquilo que ela economizou a vida inteira deu a Jesus naquele perfume tão caro, que Judas Iscariótes avaliou a possível venda em 300 moedas de prata. Comparemos: o mesmo Judas traiu Jesus por 30 moedas de prata. Que diferença, que desproporção.
Marta, Maria e Lázaro representam tudo o que nós podemos ser para nossos amigos, mas, principalmente, que podemos ser amigos de Jesus. Nós precisamos aprender a fazer de nossas casas uma Bethânia e sempre convidar Jesus a nos visitar. Sempre pedir: “Vem Senhor, vem na minha casa, vem jantar e partilhar daquilo que tenho. Vem na minha casa, sentar-se à mesa comigo e com meus familiares”.
Convide Jesus e, como Marta, Maria e Lázaro ofereça o que tem de melhor, ofereça a essência do teu amor e exale em Deus o perfume da amizade, da comunhão e do serviço.
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