Na próxima semana celebramos Nossa Senhora de Lourdes, no dia 11 de fevereiro, que também é o Dia Mundial do Enfermo. Assistir os enfermos é uma das Obras de Misericórdia. Lembrando que essas obras são inspiradas na Palavra de Deus e são tradição da Igreja (CIC § 2447). Sete são Obras de Misericórdia espirituais e sete corporais.
Os Evangelhos relatam abundantemente, momentos em que Jesus acolhe, atende, socorre e cura os doentes. Às vezes eram levados a Ele no entardecer (cf. Mc 1,32-34), em outras pediam que Ele fosse até a casa do enfermo, como fez o oficial que pediu a cura do filho que estava morrendo (cf. Jo, 4, 46-53). Vale lembrar a ação de Jesus, quando na casa de Pedro, cura sua sogra (cf. Mt 8, 14-15). Jesus se desdobrou em misericórdia para com os doentes.
A obra de misericórdia assistir os doentes começa na família quando se lida com doenças prolongadas e, às vezes irreversíveis. Seja em qualquer idade, e por qualquer problema de saúde, que podem ser, entre tantos.
Trata-se também de um trabalho voluntário em hospitais, asilos, e casas de recuperação terapêutica. Estende-se a uma pastoral urbana que visite e acompanhe aqueles que, nos grandes centros urbanos, vivem a dor de sua enfermidade na solidão, e no esquecimento.
De forma profética esta obra de misericórdia questiona a ausência de uma pastoral de saúde, tanto em nossas comunidades paróquias, como nos hospitais, que efetivamente possam marcar presença nestes momentos de fragilidade, e vulnerabilidade do ser humano.
Muitos se perguntam: o que fazer para um doente gravemente enfermo? A resposta é simples, às vezes nada, apenas “estar” presente junto ao que sofre. Misericórdia e solidariedade é estar perto de quem sofre, mesmo sem entender a extensão do sofrimento, pois o pulsar e o latejar da dor é próprio só de quem está machucado.
Assistir os doentes até o fim é uma obra de misericórdia conflitante a toda e qualquer ideia de eutanásia e similares. Implica inclusive em oferecer, além de recursos físicos e terapêuticos necessários, a assistência religiosa e espiritual. Fato este que familiares estão se esquecendo e negligenciando. Tudo isso na gratuidade em servir os mais necessitados e sofredores, sabendo que Nossa Senhora nunca abandona o cuidado com os seus filhos.
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