Santa Luzia: nascida na Itália, a “protetora dos olhos” é exemplo de determinação cristã

Santa Luzia: nascida na Itália, a “protetora dos olhos” é exemplo de determinação cristã

 

Protetora dos olhos, inspiração para fiéis pela bravura, força  e resistência. Acima de tudo, Luzia é luz, como o significado do seu nome e pelo que ela emana aos fiéis. Santa Luzia é muito popular na Igreja Católica, especialmente na Itália, onde nasceu, mas também no Brasil. Ela é a padroeira da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, lugar que recebe, todos os anos, milhares de fiéis que participam da “Festa de Santa Luzia”. 

Durante o mês de dezembro, eles celebram e revivem a poderosa e inspiradora trajetória da Santa, representada em um espetáculo a céu aberto.

A história de Santa Luzia vem da cidade de Siracusa, na Itália, da época da perseguição religiosa imposta pelo imperador Diocleciano. Santa Luzia, que nasceu Lúcia, perdeu o pai quando ainda era criança e foi criada pela mãe em uma família muito cristã. 

Na juventude, conta-se que ela foi prometida a um jovem pagão, mas recusou-se a casar. “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade” teria sido sua frase de recusa. 

 

O martírio

Por não ter aceitado o casamento, Luzia foi denunciada como cristã. E foi por essa prova que demonstrou toda a sua força e perseverança na fé. Como desejava se manter virgem, o governante ordenou que a carregassem a um prostíbulo, onde deveria ser abusada por vários homens. 

No entanto, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Os carrascos, então, jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuou viva. Não há um consenso se ela teria arrancado os próprios olhos ou os algozes, mas sabe-se que voltou a tê-los na sequência. Para que conseguissem enfim matá-la, deram um golpe de espada em sua garganta. Isso aconteceu no ano 304.

Diante de todo o sofrimento pelo qual foi obrigada a passar, a fé cristã de Luzia, até o seu último minuto de vida na Terra, permaneceu inabalável. O Papa São Gregório Magno (590-604) colocou as inscrições em seu túmulo e introduziu a antiga memória litúrgica no cânon da Missa. No ano de 1040, o corpo de Santa Luzia foi levado para Constantinopla. Em 1204, os cruzados venezianos reconquistaram o corpo e o levaram para Veneza, lugar em que está até hoje na igreja de São Jeremias. Algumas pequenas relíquias estão em Siracusa.

Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília, que trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população e é invocada, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos.

Publicado no Jornal do Evangelizador

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