Como é o catolicismo no Qatar?

Foto divulgação: Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Qatar

Em época de Copa do Mundo, viajamos (mesmo sem sair do sofá) para diferentes lugares do mundo. Esse ano, na 22ª edição, embarcamos para o Qatar, um país da Ásia, onde a religião católica não é a principal. Ainda assim, quase 14% da população do Qatar é cristã. Do total, estima-se que haja em torno de 300 mil católicos morando no país, segundo o Vicariato Apostólico da Arábia do Norte.

Como ser católico no país de maioria muçulmana

São apenas três igrejas católicas no país. Em Doha, a capital, está a primeira delas, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Para celebração das Santas Missas em outros lugares do país, os fiéis partilham suas casas e centros comunitários para rezar. Nessa igreja, a comunidade dos países de língua portuguesa celebra uma Santa Missa em Português, todos os sábados. 

Outro detalhe relevante é que símbolos católicos, tal como a cruz, não são permitidos em ambientes externos a esses espaços, em respeito à maioria da população muçulmana. 

O Vigário Apostólico da Arábia, Dom Paul Hinder, em entrevista para o canal Aljazeera, disse que não é fácil ser o responsável pelas celebrações na região, mas que onde existem fiéis a Igreja precisa estar. 

“É certo que não é fácil ser bispo aqui. Mas ao menos é bom observar a vida da Igreja que está cheia de vitalidade. Quanto mais satisfeitos estejam espiritualmente, mais poderão ajudar ao desenvolvimento do país, é óbvio“.

Hábitos também em comemorações

Como são proibidos símbolos da fé cristã, mesmo em época de Natal, os visitantes não têm contato com os hábitos da Igreja. Por isso mesmo não há decorações natalinas, iluminações ou presépios. 

Aos cristãos que moram no país não é proibido enfeitar suas próprias casas, mas como dito anteriormente, tais decorações não podem aparecer em público. Nem mesmo luzes de Natal nas janelas é permitido. 

Além disso, sinos e cruzes não podem aparecer, bem como não se pode fazer alusão à fé cristã em locais públicos. 

Como não são levados em conta os hábitos e festas cristãs, no dia 25 de dezembro o país segue uma vida sem orações especiais e sequer é feriado nacional. 

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