Você já sentiu seus olhos vermelhos, lacrimejando, sensíveis à luz, inchados ou com a sensação incômoda de areia? Se sim, você pode ter experimentado sintomas de conjuntivite, uma inflamação da parte branca dos olhos e das pálpebras.
Diversos municípios do Brasil têm registrado surtos de conjuntivite em 2023. Por isso, é importante redobrar a atenção sobre o tema. A conjuntivite pode afetar um ou ambos os olhos. É classificada como aguda ou crônica. Como explica a oftalmologista Ana Kelly Aires Fernandes, entre as causas podem existir as infecciosas e as alérgicas.
A médica explica quais são os tipos, períodos do ano em que mais costumam ocorrer, além do tratamento indicado para combater esse incômodo, que costuma durar entre cinco e 15 dias.
As formas infecciosas são contagiosas e podem ser causadas por vírus ou bactérias. As mais frequentes são as virais e a transmissão pode ser pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou por meio de objetos contaminados.
“As conjuntivites infecciosas costumam ter aumento de incidência em épocas frias do ano, o que coincide com o período de incremento nos casos de viroses”, explica a oftalmologista.
Já as conjuntivites alérgicas, não contagiosas, podem ser causadas por reações alérgicas a poluentes. São as chamadas substâncias irritantes, como maquiagem, fumaça, produtos de limpeza, entre outras, e alérgenos ambientais, como pólen, ácaros, etc.
“Aparecem mais em períodos quentes e secos, pois favorecem a circulação ambiental de derivados alergênicos”, complementa Dra. Ana Kelly.
O tratamento é direcionado para a causa e o uso de antibióticos deve ser prescrito por um médico e restrito para os casos de origem bacteriana. Deve ser evitado o uso indiscriminado desse medicamento, como alerta a oftalmologista.
Em relação aos casos virais, não existe tratamento específico.
“Em todo caso, é fundamental a lavagem frequente das mãos com água e sabão, usar lenços descartáveis, não compartilhar objetos de uso pessoal e fazer compressas geladas com soro fisiológico ou água filtrada. O cuidado para evitar o contágio é a peça-chave para prevenir a transmissão e a evolução da doença”, esclarece.
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